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    Ex-líder do PT nega participação em esquema de corrupção na Petrobras

    GABRIELA GUERREIRO
    DE BRASÍLIA

    10/09/2014 17h29

    Citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como um dos congressistas envolvidos em esquema de corrupção na estatal, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) negou nesta quarta-feira (10) ter qualquer participação na irregularidades. Vaccarezza disse que o vazamento dos nomes é ilegal, uma vez que o depoimento do ex-diretor foi prestado em segredo de Justiça.

    "A notícia não cita a fonte de um vazamento que, além de ilegal, é feito declaradamente, de forma seletiva, já que entre dezenas de deputados que teriam sido envolvidos, o meu nome foi destacado", afirmou.

    Irritado com a menção ao seu nome, Vaccarezza disse que "uma denúncia dessa gravidade não pode ficar assombrando pessoas sem base acusatória e sem citação de fontes ou provas documentais".

    "Muito menos às vésperas das eleições. A fonte de divulgação da denúncia tem claro e manifesto interesse em interferir no resultado", atacou.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O petista disse que conhece Paulo Roberto porque, como ex-líder do governo na gestão Lula, mantinha encontros frequentes com diretores de estatais. "Você acha que o líder não vai conhecer diretor, presidente da Petrobras, da Odebrecht, ministros? Eu conheço os presidentes de todas as empresas do Brasil."

    O deputado disse que a revista Veja, responsável por publicar os nomes que teriam cito citados por Paulo Roberto, já havia antes ligado o seu nome ao esquema de corrupção sem "apresentar provas". O congressista diz que Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, declarou em depoimento na Câmara que o envolvimento de Vaccarezza não estava "claro".

    Paulo Roberto fechou um acordo no dia 22 de agosto de delação premiada com os procuradores da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que querem saber como os contratos da estatal eram superfaturados e como o valor a mais retornava para os políticos.

    Segundo a revista "Veja", ele listou o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), líderes do Congresso –como os presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Renan Calheiros (PMDB-AL) –além do ex-governador Eduardo Campos entre os políticos envolvidos. O nome de Vaccarezza está entre os citados pelo ex-diretor da Petrobras.

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