Em comício na manhã desta quinta-feira (11) em Manaus, no qual saiu em defesa da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que, em 2010, "elegeria qualquer pessoa" que indicasse para a disputa ao Palácio do Planalto.

"Em 2010, o governo federal estava com uma aprovação tão extraordinária, que eu elegeria qualquer pessoa que eu indicasse nesse país", disse o presidente, antes de explicar o motivo da indicação, à época, de Dilma.

O petista afirmou que, em 2010, ela era a "melhor" pessoa para cuidar do país em meio a uma crise internacional.

"Eu escolhi a Dilma em 2010 e estou aqui trabalhando [por ela] no Brasil inteiro. Não é a hora de a gente brigar com esse país. É a hora de a gente votar na pessoa certa para continuar fazendo as coisas certas neste país."

	Ricardo Stuckert/Instituto Lula
	Lula durante comício em Salvador; nesta quinta-feira (11), ele esteve em Manaus

A presidente está empatada tecnicamente com Marina Silva (PSB), pois tem 36% ante 33% da ex-ministra. Segundo o Datafolha, a petista é que tem maior rejeição entre os candidatos ""33% ante 18% de Marina.

Adversário das duas, Aécio está em terceiro na pesquisa, com 15% ""seu índice de rejeição, 23%, é o segundo maior entre os postulantes à Presidência.

AFAGO A AÉCIO

Antes de falar sobre Dilma, Lula fez um afago a Aécio, ao qual chamou de "companheiro" e "amigo".

"Está cheio de candidato e de candidata fazendo promessa na TV. Você poderiam perguntar: 'Mas o Lula é amigo de todo mundo?' Eu sou amigo do Aécio, eu sou amigo da Marina, eu sou amigo da Dilma, eu sou amigo da Luciana Genro, eu sou amigo do Zé Maria", disse o ex-presidente.

"Aliás, ali, só tem dois que não eram do PT, que é o companheiro Aécio e o companheiro...aquele do trem lá [Levy Fidelix]", completou.

No comício, o ex-presidente ainda criticou as pessoas que, na visão dele, não entendem os projetos como Bolsa Família e o Luz para Todos, porque elas "insistem em renegar o pobre".

Lula esteve em Manaus para participar de uma reunião aberta para declarar apoio a Eduardo Braga (PMDB), que disputa o comando do Estado e foi chamado pelo petista como "o mais fiel governador que já teve".