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    PT avalia que ataque a Marina deu certo e manterá ofensiva

    NATUZA NERY
    RANIER BRAGON
    ANDRÉIA SADI
    DE BRASÍLIA

    12/09/2014 02h00

    A campanha de Dilma Rousseff (PT) considera ter surtido efeito a decisão de atacar de forma mais incisiva Marina Silva (PSB) e planeja manter a estratégia, que inclui ofensivas regionalizadas para dizer que, se eleita, a adversária acabará com o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida e a exploração do pré-sal, entre outros programas e investimentos do atual governo.

    Assessores da petista atribuem à elevação do tom contra a candidata do PSB o fato de Marina ter parado de crescer, conforme dados do Datafolha divulgados na quarta. Segundo a pesquisa, Dilma tem 36% no cenário de primeiro turno, ante 33% de Marina.

    O PT reconhece, no entanto, que um dos principais obstáculos da candidata não foi vencido: crescer em São Paulo. Na avaliação da campanha, se isso não ocorrer, Dilma corre risco de perder.

    Além das propagandas nacionais de TV que acusam Marina de pretender entregar a condução econômica do país aos banqueiros e, como a que foi ao ar nesta quinta-feira (11), de desprezar os recursos do pré-sal, há ataques pontuais em diferentes regiões do país.

    No Nordeste, por exemplo, a mensagem divulgada pelo PT é a de que a pessebista acabará com o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida, dois dos principais programas do governo.

    A campanha de Marina reagiu já nesta quinta, lançando uma espécie de operação antiboatos em seu site e no programa de TV. Sob o mote "boatos versus verdade", a presidenciável dava a resposta para os ataques.

    PROGRAMA

    Os ataques a Marina usam interpretações de seu programa de governo. O argumento de que ela irá minar os programas sociais parte do princípio de que essa será a consequência de propostas como a autonomia do Banco Central e a revisão da política de subsídios dos bancos públicos.

    "O PT, quando se desespera, vira terrorista. É o que há de mais nojento. Isso é política de extrema direita. A gente apela à história dos militantes do PT", disse Walter Feldman, coordenador-geral da campanha de Marina.

    O PSB afirma que, no Nordeste, equipes e carros de som percorrem a região espalhando boatos. Em 2006, o tucano Geraldo Alckmin, então candidato presidencial, foi alvo de campanha similar, acusado de querer privatizar as principais estatais do país, o que ele negava.

    Embora rejeite a acusação de que o PT esteja praticando "terrorismo eleitoral", o secretário nacional de Organização do PT, Florisvaldo Souza, afirma que não só a militância, mas "a sociedade" está debatendo supostas ameaças a projetos sociais. "Você acha que os banqueiros ficaram bonzinhos agora e vão fazer projetos sociais? Eu não acredito."

    Integrantes do comitê nacional também manifestam preocupação com os efeitos das revelações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. O PT acha que, se ele ligar o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, ao esquema de desvio de dinheiro da estatal, como afirmou a revista "Veja" no fim de semana, a campanha pode ser afetada.

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