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    Marina se faz de vítima, dizem Dilma e Aécio

    DE BRASÍLIA
    DE SÃO PAULO
    DO RIO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM MANAUS (AM)

    12/09/2014 02h00

    A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e o candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, usaram o mesmo termo em seus ataques à rival Marina Silva (PSB) na quinta-feira (11): disseram promover o "debate político" e negaram dedicar-se à desconstrução de Marina.

    Pesquisa Datafolha divulgada na quarta (10) trouxe Dilma e Marina em empate técnico: a petista com 36%, a pessebista com 33%. Aécio vem em terceiro, com 15%.

    Em entrevista, Dilma disse que Marina se faz de "vítima". "Cada vez que a gente abre o debate, ela se dá como vítima e diz que estamos atacando. Debate político tem que ser feito. Ninguém está acima de qualquer suspeita."

    A presidente também chamou a adversária de "leviana e inconsequente" nas declarações que tem feito sobre as acusações de corrupção na Petrobras.

    MORDE E ASSOPRA

    Aécio, por sua vez, trocou farpas com Marina na rede social Twitter, onde a ex-ministra do Meio Ambiente acusou o tucano de se dedicar ao "mesmo trabalho de desconstrução" realizado pelo PT.

    "Na verdade, estou fazendo o debate político. Fundamental para a democracia", rebateu o ex-governador de Minas. "Quem imagina ser presidente da República precisa dizer quem é", afirmou.

    Mais cedo, o tucano defendera Marina dizendo ser "absolutamente inaceitável" a comparação petista entre ela e os ex-presidentes Fernando Collor e Jânio Quadros.

    A Folha apurou com integrantes da campanha do PSDB que o embate principal de Aécio se dará com o PT.

    O tucano continuará apontando que Marina fez carreira no PT, que hoje condena, mas criticará o que chama de "terrorismo eleitoral": para tentar se afirmar como "oposição qualificada", insinuará que os petistas atacam abaixo da linha da cintura.

    Embora o candidato tucano não tenha jogado a toalha, integrantes do PSDB discutem internamente qual deveria ser a posição do partido em um eventual segundo turno entre Dilma e Marina –o que também ajuda a explicar a posição do ex-governador de Minas.

    REAÇÃO DE MARINA

    A ex-ministra acusou o PT e o PSDB de se unir para espalhar boatos contra ela e de usar argumentos iguais aos usados contra Lula em campanhas passadas.

    Ela também alfinetou a gestão de Dilma no setor energético ao dizer que o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) é um motivo de "vergonha alheia" para o governo.

    Em seu horário eleitoral na quinta-feira, Marina procurou rebater as críticas.

    Já a campanha de Dilma afirmou que as propostas da pessebista para o pré-sal resultarão na perda de R$ 1,3 trilhão nas áreas de educação e saúde. Além disso, "milhões de empregos estariam ameaçados em todo o país".

    AMIGO DE TODOS

    Enquanto os candidatos trocavam farpas, o ex-presidente Lula, fiador político de sua sucessora, Dilma, chamou Aécio de "amigo" durante comício em Manaus (AM).

    "Vocês poderiam perguntar: Mas o Lula é amigo de todo mundo?' Sou amigo do Aécio, da Marina, da Dilma, da Luciana Genro, do Zé Maria. Aliás, ali só tem dois que não eram do PT, o companheiro Aécio e o companheiro... aquele do trem lá [Levy Fidelix]", disse o ex-presidente.

    Editoria de Arte/Folhapress
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