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    Em 3º, ex-ministra do PT patina no Paraná e aumenta críticas a tucano

    ESTELITA HASS CARAZZAI
    DE CURITIBA

    12/09/2014 02h00

    Uma das principais apostas do PT no país para esta eleição, a ex-ministra Gleisi Hoffmann, candidata ao governo do Paraná, patina em terceiro lugar nas pesquisas e prepara um "intensivo" para tentar decolar na reta final.

    A petista elevou o tom das críticas ao governador Beto Richa (PSDB), reforçou as imagens de Lula e Dilma na campanha e fará um ato simultâneo em 32 cidades para animar a militância.

    Com 10% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha desta semana, Gleisi está atrás de Richa (44%) e de e do ex-governador Roberto Requião (PMDB), com 28%.

    Estelita Hass Carazzai-1°.fev.2014/Folhapress
    Gleisi Hoffmann durante evento em Quarto Centenário (PR) em fevereiro, quando ainda era ministra
    Gleisi Hoffmann durante evento em Quarto Centenário (PR) em fevereiro, quando ainda era ministra

    Integrantes da própria campanha reconhecem que a ex-ministra da Casa Civil de Dilma "ainda não empolgou". Dizem que "ninguém imaginava" a estagnação.

    A campanha da petista é luxuosa. Teve lançamento no maior teatro do Paraná, com Lula e Dilma. Investiu R$ 1,5 milhão até agora em marketing, possui uma equipe numerosa e tem percorrido todas as regiões do Paraná.

    Registra, porém, um dos maiores déficits entre os candidatos a governador no país: gastou R$ 6 milhões, mas só arrecadou pouco mais da metade disso (R$ 3,4 milhões).

    "Isso preocupa. Não está fácil", diz o ministro Paulo Bernardo (Comunicações), marido de Gleisi. De férias desde a semana passada, ele agora se dedica apenas à campanha da petista, rodando pelo interior e tentando fechar novas alianças com prefeitos em apoio à candidata.

    O PT ainda enfrenta a resistência do eleitorado paranaense ao partido, que nas últimas duas eleições presidenciais perdeu para os candidatos do PSDB no Paraná.

    GUINADA

    Nesta semana, Gleisi intensificou a artilharia contra Richa. Acusa o tucano, por exemplo, de se apropriar de programas federais, como o Minha Casa, Minha Vida.

    Lula e Dilma também começaram a aparecer com maior frequência na propaganda eleitoral. Materiais de campanha com a foto dos dois, ao lado de Gleisi, foram distribuídos pelo interior.

    A estratégia visa elevar a transferência de votos da presidente para Gleisi, já que Dilma tem 32% das intenções de voto no Paraná e a ex-ministra segue com 10%.

    Os paranaenses que declaram voto em Dilma dividem a preferência na disputa local entre Richa (38%) e Requião (32%). Gleisi tem apenas 17% neste grupo.

    A candidatura prepara para a militância um ato em 32 cidades do Paraná neste sábado (13). O ritmo de viagens, carreatas e encontros também vai crescer.

    A campanha também irá ganhar nesta semana o reforço do diretor-geral de Itaipu, Jorge Samek, que deve percorrer o oeste do Estado em apoio a Gleisi.

    "Tudo pode acontecer ainda", diz o coordenador de campanha Leones Dall'Agnol.

    A expectativa da coordenação é que a petista consiga arrancar na reta final, quando o eleitor define o voto. "A definição vai ser nas últimas duas semanas", afirma Paulo Bernardo. "Tem muito chão para andar."

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