A popularidade da presidente Dilma Rousseff cresceu em setembro em relação ao mês de junho deste ano, aponta pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira (12).

O percentual da população que avalia o governo Dilma como ótimo ou bom subiu sete pontos percentuais, passando de 31% para 38%. Já o percentual dos que consideram seu mandato ruim ou péssimo caiu de 33% para 28%, uma diferença de dez pontos percentuais entre os que consideram o governo ótimo ou bom.

O percentual dos entrevistados que diz não confiar na presidente se manteve estável dentro da margem de erro, caindo de 52% para 50% em relação à pesquisa CNI/Ibope de junho. Do lado dos que dizem confiar, o crescimento foi de quatro pontos percentuais, de 41% para 45%.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou menos.

	Editoria de Arte/Folhapress

Houve crescimento também no percentual da população que aprova a forma de Dilma governar. Em setembro, o índice cresceu para 48% ante 44% registrado em junho, quando os indicadores de popularidade e aprovação da presidente já haviam recuado frente a pesquisa feita em março de 2013.

A pesquisa CNI/Ibope foi realizada entre os dias 5 e 8 deste mês e entrevistou 2.002 pessoas em 144 municípios no país. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-00593/2014. Esta é a terceira pesquisa do ano.

POPULARIDADE

A presidente Dilma continua sendo melhor avaliada na região Nordeste, onde 59% dos entrevistados confiam na presidente e 63% aprovam sua maneira de governar. A pesquisa, porém, mostrou crescimento da avaliação positiva do governo na região Sul, onde o percentual subiu 13 pontos percentuais, de 36% para 49% entre junho e setembro.

Na comparação entre junho e setembro, a avaliação da presidente melhorou principalmente nos municípios considerados pequenos, com até 20 mil habitantes, onde o percentual que considera o governo ótimo ou bom subiu de 44% para 56%. Nesses municípios, 63% da população aprova a maneira de Dilma governar.

A pesquisa mostra que quanto maior o grau de escolaridade do entrevistado, menor é o percentual dos que indicam o governo da presidente como ótimo ou bom.

Segundo a CNI, entre os entrevistados com educação superior, o percentual é de 28%. Já entre os que estudaram até a 4ª Série da Educação Fundamental, a avaliação de ótimo ou bom passa para 49%.

PETROBRAS

A pesquisa mostra que as notícias sobre a CPI da Petrobras foram as mais lembradas pela população em setembro (13%), seguidas pelas manifestações sobre corrupção (7%) e as notícias gerais sobre eleições (7%).

Entre os eleitores, Dilma tem maior aprovação na área de combate à fome e à pobreza, aprovada por 50% dos entrevistados. É a única área que supera a avaliação negativa. Nas demais, como educação, saúde, segurança pública e combate ao desemprego, o percentual de desaprovação supera o de aprovação.

Na última pesquisa, de junho, o combate à fome e à pobreza manteve percentual menor de desaprovação, com 53%. Agora, o índice negativo é de 46%.

A área de saúde foi a que apresentou maior índice de desaprovação: 74% disseram desaprovar a atuação de Dilma no segmento, seguida pela de impostos (73%), segurança pública (71%), combate à inflação (68%), taxa de juros (68%), educação (57%), combate ao desemprego (53%) e meio ambiente (48%).

LULA

Entre os entrevistados, 40% disseram que Dilma faz um governo pior que Lula, 44% afirmaram que os dois são iguais e 13% que o atual governo é melhor.

As oscilações dos percentuais em relação à pesquisa anterior estão dentro da margem de erro - de dois pontos para mais ou para menos -, por isso, nota a pesquisa, não há mudança significativa no indicador.