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    Em manifesto, artistas apoiam Serra e Alckmin, mas não citam Aécio

    GUSTAVO URIBE
    DE SÃO PAULO

    15/09/2014 19h01

    O candidato do PSDB à sucessão presidencial, Aécio Neves, não foi citado em manifesto de artistas e intelectuais em apoio às candidaturas do PSDB em São Paulo.

    O documento foi lido nesta segunda-feira (15) em evento de apoio da classe artística à chapa majoritária do PSDB em São Paulo.

    A reunião foi organizada pela campanha à reeleição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em conjunto com artistas e intelectuais.

    O evento contava com material de campanha dos três candidatos tucanos: Geraldo Alckmin, Aécio Neves e José Serra, que disputa uma vaga ao Senado Federal.

    O presidenciável, que fez campanha eleitoral nesta segunda-feira (15), não compareceu.

    "Queremos declarar apoio a José Serra para senador e ao governador Geraldo Alckmin como nosso candidato ao governo de São Paulo", destaca o documento, que cita em quatro oportunidades Alckmin e Serra, mas em nenhuma Aécio.

    O evento contou com as participações da atriz Beatriz Segall, do maestro Júlio Medaglia, do cantor Rolando Boldrin, do artista plástico Gilberto Salvador, do cineasta João Batista de Andrade, entre outros.

    O maestro Amilson Godoy, que ajudou a elaborar o manifesto e foi um dos responsáveis pela leitura do documento no evento, afirmou que a ausência do nome de Aécio Neves deveu-se a uma "falha de omissão", a um "erro na datilografia".

    "Eu acho que seria ideal a inclusão do nome dele em um novo documento", disse.

    MARINA

    A atriz Beatriz Segall também foi uma das responsáveis pela leitura do manifesto. Em conversa com a Folha, antes do início do ato, ela manifestou apoio a Alckmin e a Serra, mas disse que tem a intenção de votar na candidata do PSB à sucessão presidencial, Marina Silva, adversária de Aécio Neves.

    Na opinião dela, o PT não conseguirá desconstruir a imagem da candidata nas eleições presidenciais. "Eles não vão conseguir [desconstruí-la]. A Marina é forte", disse.

    Ainda que Aécio Neves não tenha sido citado no manifesto dos artistas e intelectuais, tanto Serra quanto Alckmin pediram apoio ao tucano.

    "Nós não damos a candidatura do Aécio como perdida. A campanha eleitoral ainda não terminou", ressaltou Serra.

    No documento, os artistas reivindicam a ampliação da participação da sociedade civil na área cultural, o aumento dos recursos destinados às atividades culturais, o fortalecimento da rede paulista de museus, entre outros.

    ESQUADRÃO

    O ato contou ainda com a participação de três travestis do movimento "Esquadrão das Drags" de apoio a liberdade de gênero.

    No início do ato, o funkeiro Mc Davibe declarou apoio em ritmo de funk ao governador de São Paulo. "Pode confiar, com Geraldo no comando, São Paulo não vai parar."

    Alckmin e Serra também receberam apoio do ex-ministro do Trabalho Almino Afonso, que fez críticas a atuação do governo federal na área cultural e econômica.

    "São Paulo tem hoje uma responsabilidade imensa no plano nacional. O país está descambando em todos os sentidos: na imoralidade, na economia arrebentada, na derrota da Petrobras", disse.

    As críticas ao governo federal também foram feitas por Serra. Em discurso, o tucano acusou o PT de ter uma vocação irresistível para manipular e aparelhar.

    "Essa tendência a manipulação faz muito mal a cultura no Brasil e é um desperdiço de dinheiro público."

    Os ataques também foram encampados pelo governador. Segundo Alckmin, a economia nacional está paralisada e o custo Brasil tornou-se altíssimo.

    "O Brasil fico caro antes de ficar rico", concluiu o tucano.

    LEI ROUANET

    No evento, Serra prometeu que, caso seja eleito, apresentará projeto de lei para modificar a Lei Rouanet. A iniciativa permite a patrocinadores de produções culturais dedução no Imposto de Renda.

    O tucano, contudo, não quis antecipar os ajustes que pretende fazer, porque "acaba tirando votos".

    "Nós vamos mexer na Lei Rouanet. Não vou abrir o jogo antes, porque dá uma polêmica infinita e acaba tirando votos. Nunca é uma unanimidade. Então, é melhor tratar o assunto depois de eleito", disse.

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