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    Gabrielli depõe em Salvador e diz que só falou sobre licitações

    JOÃO PEDRO PITOMBO
    DE SALVADOR

    15/09/2014 16h19

    Após ter sido ouvido pela Justiça Federal nesta segunda-feira (15) em Salvador, o ex-presidente de Petrobras José Sérgio Gabrielli evitou comentar as denúncias do ex-diretor Paulo Roberto Costa sobre um suposto esquema de pagamento de propinas pela estatal.

    Em rápida conversa com a Folha após a audiência, Gabrielli disse que falou somente sobre procedimentos internos de licitação da Petrobras em seu depoimento.

    "Expliquei como funcionam os processos de licitação da Petrobras. Somente isso", afirmou o ex-presidente da Petrobras.

    Gabrielli foi interrogado por videoconferência pelo juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal de Curitiba, como testemunha do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa num dos processos abertos após a Operação Lava Jato.

    Ele chegou pontualmente às 14h na 7º Vara da Justiça Federal em Salvador, cidade onde mora e atua como secretário de Planejamento do governo Jaques Wagner (PT). Foi ouvido durante cerca de 25 minutos.

    Na saída, ao avistar o repórter da Folha, foi irônico: "o que vocês vão distorcer hoje"? E evitou falar com detalhes sobre o teor do seu depoimento.

    Questionado sobre as denúncias de Paulo Roberto Costa, que admitiu intermediar contratos de empreiteiras com a Petrobras com a ajuda de partidos políticos, Gabrielli disse que não falaria sobre o assunto.

    Editoria de Arte/Folhapress

    DELAÇÃO PREMIADA

    Gabrielli foi presidente da Petrobras entre 2005 e 2012, período em que o engenheiro Paulo Roberto Costa atuou na diretoria de Abastecimento da estatal.

    Preso no início deste ano na Operação Lava Jato da Polícia Federal, Paulo Roberto firmou um acordo de delação premiada com a Justiça.

    De acordo com reportagens das revistas "Veja" e "IstoÉ", Costa afirmou em depoimentos que 3% do valor dos contratos da Petrobras era desviado para pagamento de propina a políticos.

    Citou nomes de deputados federais, senadores e até de um ministro do governo Dilma Rousseff (PT) como beneficiários do esquema de pagamento de propina.

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