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    Na corrida ao Senado, Kassab reedita tática do PT ao criticar Serra

    GUSTAVO URIBE
    DANIELA LIMA
    DE SÃO PAULO

    17/09/2014 02h00

    O candidato do PSD ao Senado por São Paulo, Gilberto Kassab, reeditou discurso utilizado pelo PT nas últimas eleições municipais para criticar seu padrinho político e adversário na disputa deste ano, José Serra (PSDB).

    Em propaganda eleitoral, veiculada na terça-feira (16) em emissoras de rádio, a campanha do ex-prefeito de São Paulo afirmou que o tucano pede o voto do eleitor por inteiro, mas "não cumpre nem a metade do mandato".

    A crítica foi explorada em 2012 pela campanha do atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Na época, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou Serra aos ex-presidentes Jânio Quadros e Fernando Collor, dizendo que, assim como eles, o tucano não termina os mandatos aos quais é eleito.

    "Serra foi eleito senador em 1994 e ficou menos de três anos no cargo. É sempre assim: ele pede o seu voto inteiro e, depois, não cumpre nem a metade do mandato. Está na hora de mudar", afirma o narrador da peça eleitoral.

    Ouça

    Em 1995, o tucano assumiu o Ministério do Planejamento e, em 1998, o Ministério da Saúde no governo Fernando Henrique Cardoso. No período, não se desincompatibilizou do mandato, que foi exercido pelo suplente.

    A campanha do tucano não quis comentar o ataque de Kassab na propaganda eleitoral. Em conversas reservadas, no entanto, aliados de Serra têm condenado a postura do candidato do PSD.

    Para eles, foi graças ao tucano que Kassab ganhou projeção política em São Paulo. Em 2006, ele assumiu o cargo de prefeito por causa da saída de Serra do posto para concorrer ao governo do Estado.

    Em 2008, Serra trabalhou para que Kassab fosse candidato à reeleição com o apoio do PSDB, o que rachou a sigla na disputa municipal.

    Os aliados de Kassab acusam o PSDB de ter iniciado o clima de animosidade na disputa estadual. Em agosto, a campanha do governador Geraldo Alckmin (PSDB) veiculou propaganda que usava o ex-prefeito para atacar o candidato Paulo Skaf (PMDB).

    Na época, a pedido de Kassab, Alckmin retirou a inserção televisiva do ar. Ela, no entanto, voltou a ser exibida pela campanha tucana.

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