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    FHC diz que Aécio deveria centrar ataques em Dilma

    DANIELA LIMA
    DE SÃO PAULO

    17/09/2014 02h00

    O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diz ser "natural" que o candidato de seu partido ao Planalto, Aécio Neves (PSDB-MG), faça críticas à adversária Marina Silva (PSB) na propaganda eleitoral, mas avalia que o foco dos tucanos deve ser a presidente Dilma Rousseff (PT).

    Citado por aliados da pessebista como um dos defensores do fim das críticas a Marina na propaganda do PSDB, FHC nega ter feito reparo à estratégia de Aécio até aqui.

    Na última semana, pessoas ligadas à campanha da ex-senadora procuraram os tucanos para dizer que, ao criticar Marina, Aécio ajuda Dilma. À imprensa, alguns desses aliados afirmaram que FHC endossaria a tese.

    À Folha, o ex-presidente disse nunca ter feito "qualquer comentário" sobre as críticas que seu candidato tem feito a Marina.

    "Não fiz qualquer comentário sobre as críticas do Aécio com quem quer que fosse. Acho natural que ele, que está no fogo, dê uma ou outra cutucada na Marina", disse FHC, por e-mail.

    Para o ex-presidente, no entanto, é o governo Dilma que deve estar no centro dos ataques de Aécio. "O chumbo grosso deve se concentrar no PT e, portanto, na Dilma".

    Para FHC está claro o flanco a ser explorado. O ex-presidente diz que as suspeitas de que dinheiro desviado da Petrobras servia para financiar políticos da base aliada são de "enojar".

    FHC foi o principal fiador do lançamento de Aécio como candidato dos tucanos à Presidência. Rebaixado à terceira colocação na disputa depois que Marina assumiu a candidatura do PSB, Aécio passou a distribuir suas críticas entre as duas principais adversárias.

    Em sua propaganda, Aécio tem trabalhado para vincular a ex-senadora ao PT, partido no qual ela militou por mais de 20 anos. Com isso, espera retomar votos dos chamados "antipetistas" que migraram de seu campo para o de Marina. Disse, por exemplo, que Marina permaneceu no partido mesmo após o escândalo do mensalão, em 2005.

    Em sua avaliação, FHC pondera que, se errar o tom com Marina, Aécio pode, em vez de atrair, afastar o eleitor que hoje simpatiza com ela.

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