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    Economia precisa de aval do povo, diz Dilma em debate

    DE SÃO PAULO

    17/09/2014 00h58

    Num debate quase sem confronto direto entre os principais candidatos, promovido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) na noite desta terça-feira (16), Dilma Rousseff (PT) alfinetou Marina Silva (PSB), ainda que sem citá-la, ao afirmar que "a política econômica é algo que tem que ser debatido e legitimado pelo voto".

    Marina defende a independência, garantida em lei, do Banco Central, ideia taxada nesta terça de "equívoco" pela petista. "Eu sou a favor da autonomia, que o Banco Central seja livre para perseguir as metas de inflação. Mas não independente a ponto de seus diretores não poderem ser demitidos", disse.

    As regras do debate, aceitas pelos candidatos, praticamente não permitiram a interação entre os candidatos. Somente no penúltimo bloco houve troca de acusações.

    Marlene Bergamo/Folhapress
    Os candidatos Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (PSB), e Dilma Rousseff (PT) durante debate promovido pela CNBB em Aparecida (SP)
    Os candidatos Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (PSB), e Dilma Rousseff (PT) durante debate promovido pela CNBB em Aparecida (SP)

    Ao fazer uma pergunta ao candidato Pastor Everaldo (PSC), Aécio Neves (PSDB) disse que o atual governo permitiu um "vale tudo" na Petrobras, numa referência a recentes acusações de corrupção envolvendo a estatal, como as suspeitas de desvios que levaram à prisão do ex-diretor Paulo Roberto Costa.

    "Não é possível que o Brasil continue a ser administrado com tanto descompromisso com a ética, com a decência, com os valores cristãos]".

    Dilma, ao ganhar direito de resposta, disse que na vida sempre teve "tolerância zero" com a corrupção.

    Em outro momento, a candidata do PSOL, Luciana Genro, acusou o PSDB de Aécio de ser o precursor de práticas de corrupção.

    Ela também citou a revelação, feita pela Folha, segundo a qual, quando governador de Minas, Aécio mandou construir um aeroporto na terra de um tio, depois desapropriada pelo Estado.

    "O senhor é tão fanático das privatizações que consegue privatizar um aeroporto e entregar para sua própria família, e tão fanático da corrupção que consegue utilizar dinheiro público para construir um aeroporto beneficiando exclusivamente a sua família."

    Aécio, ao ganhar direito de resposta, chamou as acusações de irresponsáveis e levianas.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Temas caros à igreja foram discutidos, mas de forma lateral. Questionado por um jornalista, Aécio voltou a repetir que a homofobia deve ser tratada como crime. Dilma e marina, por conta do sorteio, não tiveram de responder sobre.

    Coube a Eduardo Jorge, do PV, falar sobre o aborto, um dos temas que mais causou polêmica nas eleições de 2010. Ele defendeu a revogação da lei que criminaliza a prática, taxa por ele de "cruel e machista". Os outros candidatos não foram instados a responder sobre o tema.

    Dilma voltou a alfinetar Marina ao dizer que "quando os partidos não existem, poderosos mandam por trás das cenas e é o caminho para a ditadura, com restrições das liberdades".

    Marina prega o fim da polarização entre PT e PSDB e o surgimento do que chama de nova política'. O debate foi transmitido pela TV Aparecida e teve retransmissão do UOL e da Folha.

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