Cobrado publicamente pela adversária Marina Silva (PSB) a apresentar seu programa de governo, o candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves (MG), disse nesta quarta-feira (17) que tornará público seu plano "quando ele estiver pronto".

Ele voltou a alfinetar Marina ao dizer que a peça está sendo feita com "cuidado" porque será entregue à população "à caneta". "Não feito à lápis, para apagar a depender de pressões", disse o tucano.

Depois de apresentar seu programa, Marina teve que recuar de alguns pontos estabelecidos no texto, como o que trata de propostas para a população gay.

O tucano falou sobre o assunto durante agenda em São Paulo. Ele se reuniu com mulheres para debater propostas como o combate à violência doméstica, combate às drogas e ao tráfico. À plateia, reforçou ainda a promessa de que, eleito, reduzirá a maioridade penal para adolescentes condenados por crimes graves.

"Esse é um compromisso, acabou. Será uma sinalização muito clara para combater esse sentimento de impunidade", disse.

Aécio também voltou a afirmar que em uma eventual gestão do PSDB, o Brasil irá impor restrições a países que estimulem ou não combatam o plantio de matéria prima para drogas, como a Colômbia.

PESQUISA

O tucano voltou a comemorar seu crescimento nas pesquisas de opinião. Levantamento do Ibope divulgado ontem mostrou que Aécio cresceu quatro pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, e agora teria 19% das intenções de voto. "A onda da razão está chegando", afirmou.

Ele não comentou, no entanto, o desempenho de seu candidato ao governo de Minas (berço político de Aécio), Pimenta da Veiga. No Estado, segundo o Ibope, o petista Fernando Pimentel seria eleito no primeiro turno.