O vice-presidente Michel Temer (PMDB), candidato à reeleição na chapa de Dilma Rousseff (PT), definiu nesta quarta-feira (17) como "gentileza" e "delicadeza" a declaração do candidato a vice na chapa de Marina Silva (PSB), Beto Albuquerque (PSB), dando conta de que "ninguém governa sem o PMDB".
Temer, entretanto, preferiu não comentar a segunda parte da fala de Albuquerque, segundo a qual "não é preciso entregar o governo ao PMDB para ter governabilidade". A declaração foi feita em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo".
Questionado se seu partido cogita aliar-se ao PSB caso Marina vença, Temer limitou-se a dizer: "Nem vou trabalhar com essa hipótese". Antes, o vice-presidente ressaltou que "a aliança [eleitoral] é entre PT e PMDB".
Na semana passada, Temer havia dito que, caso Marina se eleja, o PMDB iria para a oposição "num primeiro momento". "O que vai acontecer com o PMDB se eles [PSB] ganharem, a primeira ideia é que fique na oposição, porque vai ter perdido a eleição", completou.
Assim como fazia seu antecessor na disputa –o ex-governador Eduardo Campos, morto em agosto–, Marina condena a aliança do governo federal com peemedebistas como o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e o senador José Sarney (AP), mas diz que faria um eventual governo com "bons quadros de todos os partidos".
O PMDB participou da base dos governos do tucano Fernando Henrique Cardoso e do petista Luiz Inácio Lula da Silva e tem o segundo maior número de deputados na Câmara –perde apenas para o PT.
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