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    Marina diz que não se preocupa com pesquisas nem entrará em 'vale-tudo'

    MARINA DIAS
    DE SÃO PAULO

    19/09/2014 13h24

    A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta sexta-feira (19) que não está "preocupada" com sua queda nas pesquisas e que não vai "entrar no jogo do vale-tudo para ganhar as eleições" de outubro.

    "Não estou preocupada [com a queda nas pesquisas], porque, para mim, estamos dando uma contribuição cidadã", disse Marina em entrevista a jornalistas em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. "Vamos continuar apresentando nossas propostas e fazendo uma campanha limpa. Não queremos entrar no jogo de que vale-tudo para ganhar as eleições. Não vamos sacar mentiras e boatos a quem quer que seja", completou.

    O comitê de Dilma Rousseff, por outro lado, comemorou os números. Com o resultado, coordenadores da campanha petista querem ampliar a operação para ''desconstruir'' a candidata do PSB, explorando na TV e nas redes sociais o que chamam de ''dubiedades'' e ''fragilidades'' da concorrente.

    Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta mostra Marina com 30% das intenções de voto, sete pontos atrás da presidente Dilma Rousseff (PT), que tem 37%. Aécio Neves (PSDB), com 17%, está em terceiro lugar.

    Nas projeções para o segundo turno, a diferença entre Marina e Dilma caiu de dez para dois pontos nos últimos dias. As duas aparecem agora empatadas tecnicamente: Marina com 46% e Dilma com 44%.

    A pessebista voltou a falar que é vítima de ataques "mentirosos" dos adversários e que PT e PSDB "estão unidos pela primeira vez na história do país em uma cruzada" contra ela.

    "O PT quer permanecer no mesmo lugar, com inflação alta que ameaça as conquistas da sociedade. Voltar atrás com PSDB é o mesmo temor", disse Marina, cobrando ainda que a presidente Dilma explique os dados do Pnad divulgados nesta quinta-feira (18) que apontam para uma estagnação da queda na desigualdade social do Brasil.

    ESTRATÉGIA DE DEFESA

    No comitê de campanha a ordem é "resistir". A avaliação é a de que a perda de substância de Marina nas pesquisas chegou ao limite e que o tom emocional, como o programa de TV em que a candidata falou da fome que passou na infância, teve efeito positivo e deve se repetir.

    De acordo com aliados de Marina, o confronto direto com o PT ou com o PSDB não é a melhor estratégia para a presidenciável. Marina tem apenas dois minutos de propaganda na TV, contra onze de Dilma e pouco mais de quatro minutos de Aécio.

    Os programas devem ser usados, portanto, para explicar as propostas e também contar a história da candidata com ênfase em sua "postura ética", quase sempre utilizando seus discursos públicos do dia anterior, para dar uma narrativa mais jornalística às peças.

    Editoria de Arte/Folhapress
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