A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (19) que sua campanha pagou pela entrega de panfletos em São Paulo, apesar de terem sido distribuídos sem comprovante de postagem oficial, como revelado nesta sexta-feira (19) pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

De acordo com a reportagem, os Correios abriram uma exceção para o PT e distribuíram os panfletos sem a chamada "chancela", um registro para fazer o boleto de cobrança. A estatal divulgou um comunicado interno em São Paulo autorizando em caráter "excepcional" a postagem de 4,8 milhões de panfletos de Dilma sem a chancela.

"É um equívoco monumental. Nós pagamos, nós temos nota fiscal, nós contratamos o serviço que os Correios prestam para qualquer entidade. Isto é um factoide de campanha", afirmou Dilma, após questionamentos durante coletiva de imprensa nesta sexta.

	Editoria de Arte/Folhapress

De acordo com a reportagem, a despesa não consta na prestação de contas da campanha no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mas ainda pode ser lançada na prestação de contas final.

A presidente afirmou não ter ideia de quanto pagou e que se houve erro, a campanha irá pagar pelo erro, mas que não considera ter havido problema.

"Mistura de público e privado é se eu botasse as cartas e não pagasse", disse.

Dilma aproveitou o assunto para também criticar a imprensa. "Não adianta me dizer que é ilegal se não me mostrar onde falta nota fiscal. Nós pagamos uma barbaridade. O que não é possível é essa prática sistemática de lançar que é irregular e depois, quando prova que não é irregular, não tem o mesmo destaque", afirmou.

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	Correios entregaram panfletos de Dilma sem registro de controle; estatal diz que exceção foi autorizada