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    PT ampliará ação para 'desconstruir' Marina

    ANDRÉIA SADI
    DE BRASÍLIA

    20/09/2014 02h00

    O comitê eleitoral de Dilma Rousseff vai ampliar a operação para "desconstruir'' a imagem de Marina Silva (PSB) na corrida presidencial, explorando na TV e nas redes sociais o que chamam de "dubiedades'' e "fragilidades'' da principal adversária do PT na campanha deste ano.

    O partido decidiu reforçar a estratégia –em prática desde o começo do mês– após o resultado da pesquisa Datafolha desta sexta-feira (19) mostrar vantagem de Dilma sobre sua concorrente.

    Na avaliação de assessores de Dilma, a ofensiva contra Marina é o principal motivo da vantagem inédita de sete pontos da presidente sobre a adversária. A pesquisa registrou 37% de intenção de voto para a petista contra 30% de Marina Silva.

    Nos últimos 20 dias, Marina tem sido alvo de críticas e acusações exibidas pela propaganda de Dilma na TV.

    Entre outras coisas, a ex-senadora foi comparada com presidentes que não terminaram o mandato, acusada de ser aliada dos banqueiros e de desprezar a camada pré-sal do petróleo.

    A articulação de atacar a candidata do PSB foi traçada após debate do SBT/Folha/Uol, no começo do mês, em reunião com o ex-presidente Lula, em São Paulo.

    Desde então, a campanha se concentrou em "tirar Marina do pedestal" e "trazê-la para o debate". "Queremos bater na tecla de que Marina é uma política, candidata, e não um mito", disse à Folha um dos mais próximos auxiliares da presidente.

    Para colocar em prática a tática de desidratar'' Marina, os marqueteiros da campanha petista tiveram que antecipar peças de TV que somente iriam ao ar no segundo turno, em princípio.

    A equipe de Dilma havia testado alguns temas tendo Marina como alvo pensando na etapa final da eleição.

    Como exemplos, citam a abordagem de falta de governabilidade, a ideia de colar Marina a uma política tradicional e de ter trocado de partido duas vezes.

    INSEGURANÇA

    As pesquisas qualitativas do PT, relatadas à reportagem por coordenadores da campanha, mostram que o eleitorado rejeitava o que considerava ataques pessoais –como ter trocado de partidos–, mas mostrava interesse em temas que falam da insegurança em um eventual governo Marina Silva.

    Primeiro, a governabilidade e, em um segundo momento, o poder dos bancos e fim da prioridade ao pré-sal. Por isso, investiram na tática.

    Um dos próximos alvos do comitê dilmista na TV é a educadora Maria Alice Setubal, a Neca, acionista do banco Itaú e uma das coordenadoras e campanha de Marina. A equipe de João Santana gravou um comercial tendo Neca como foco, mas o material está no freezer''.

    Assessores da presidente afirmam que estão guardando a peça para não "queimar todos os cartuchos" e que está prevista para ser exibida no primeiro turno.

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