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    Marina diz que dinheiro do pré-sal não pode 'ir para a corrupção'

    JOÃO PEDRO PITOMBO
    DE SALVADOR

    20/09/2014 21h30

    Cinco dias depois de um ato em defesa do pré-sal comandado pelo PT, a candidata a presidente Marina Silva (PSB) contra-atacou os petistas e afirmou neste sábado (20), em Salvador, que o dinheiro da exploração do petróleo "não pode ser [usado] para corrupção.

    Em reunião com entidades do movimento negro, Marina lembrou as denúncias do suposto esquema de desvios de recursos na Petrobras revelados pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.

    Ela classificou o caso como uma "corrupção feia" e disse que os recursos do pré-sal devem ser usados para educação e saúde.

    E defendeu a indicação de dirigentes da Petrobras por meio de comitês de busca, valorizando funcionários de carreira.

    "A direção da Petrobras tem que ser ética e técnica, valorizando pessoas competentes que passaram em concursos e que estão tristes com a situação a empresa", afirmou.

    João Pedro Pitombo/Folhapress
    Comício de Marina Silva realizado na noite deste sábado (20) num campo de futebol do bairro de Cajazeiras, subúrbio de Salvador
    Comício de Marina Silva realizado na noite deste sábado (20) num campo de futebol do bairro de Cajazeiras, subúrbio de Salvador

    A candidata ainda lembrou a divulgação de dados errados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) esta semana, alegando que o erro é resultado de má gestão e indicação política.

    "Só posso entender que, mais uma vez, a má gestão por indicação política está atrapalhando a vida de empresa públicas e de instituições que são muito respeitadas", afirmou.

    'FÉ EVANGÉLICA'

    Marina defendeu o estado laico e disse que a defesa da liberdade religiosa é "um compromisso de vida".

    E disse que não vai renegar sua fé evangélica para eleger-se presidente: "Se eu renegar minha fé, como vocês vão acreditar que eu vou defender a sua fé ou a sua não-fé? Para ser coerente, eu tenho eu defender a minha fé."

    Após a reunião, líderes do movimento negro entregaram a Marina uma carta de apoio à candidata com propostas de combate à intolerância religiosa e manutenção do Ministério de Promoção da Igualdade Social.

    Marina voltou a criticar os adversários Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) por ainda não terem apresentado seus respectivos programas de governo.

    "Para governar um país como este, não pode ser com um cheque em branco. Para governar um país como o Brasil, é preciso ter um programa", disse.

    Ainda criticou a presidente Dilma Rousseff por ter afirmado que vai "fazer as mesmas coisas" num eventual segundo mandato.

    "Fico preocupada porque ter as mesmas coisas é ter inflação crescendo, corrupção na Petrobras, é ter dito que ia fazer 6.000 creches e só ter feito 400."

    Sobre os ataques dos adversários, Marina disse que PT e PSDB "estão juntos para frear o movimento de mudança da sociedade brasileira".

    E voltou a comparar a disputa contra petistas e tucanos como a luta de "Davi" contra "Golias": "Nossos adversários estão desesperados pela possibilidade de perder".

    A candidata ainda aproveitou para reafirmar que vai manter programas como o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida, o Mais Médicos e a exploração do petróleo na camada pré-sal.

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