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    Brasil ficou 'infinitamente melhor depois de FHC', diz governador do PT

    JOÃO PEDRO PITOMBO
    DE SALVADOR

    22/09/2014 12h00

    Defendendo a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT) afirmou à Folha que o Brasil ficou "infinitamente melhor" depois dos governos petistas de Dilma e Lula e do tucano Fernando Henrique Cardoso.

    "Podem falar dos erros do PT, mas o Brasil está infinitamente melhor. Assim como ficou infinitamente melhor depois de Fernando Henrique, para não dizer que eu acho que o Brasil começou com o PT", disse Wagner.

    Dita em plena reta final das disputas estaduais e pela Presidência, a fala do governador baiano destoa do discurso utilizado pelo PT na campanha eleitoral, que credita ao governo FHC uma "herança maldita" de recessão, desemprego e submissão aos bancos.

    Depois de ter sido "escondido" nas próprias campanhas tucanas em 2002, 2006 e 2010, o legado do ex-presidente voltou ao centro do debate nas eleições deste ano, sendo defendido pelo candidato a presidente Aécio Neves (PSDB).

    Roberto Stuckert Filho 1º.nov.2013/Divulgação/PR
    Dilma e Jaques Wagner comparecem à cerimônia de inauguração da Via Expressa Baía de Todos os Santos
    Dilma e Jaques Wagner comparecem à cerimônia de inauguração da Via Expressa Baía de Todos os Santos

    MARINA

    Jaques Wagner também elogiou a candidata a presidente Marina Silva (PSB), afirmando que ela é "qualificada".

    Disse ser "um presente" a possibilidade de um segundo turno entre Dilma e Marina nas eleições presidenciais: "São duas mulheres que vieram da mesma caminhada de busca por justiça social, cada uma do seu jeito".

    O governador falou em tom de "comemoração" o fato de os "segmentos conservadores" possivelmente ficarem fora do segundo turno.

    A posição de Jaques Wagner vai de encontro, portanto, à propaganda eleitoral petista, que relaciona pessebistas a banqueiros. Para ele, Marina Silva não pode ser enquadrada como uma candidata do conservadorismo. "Por sua história, ela não é [conservadora]. Se ela vier a ser, é outra coisa", afirmou.

    Apesar de ter conseguido se reeleger em 2010, o governo Jaques Wagner enfrenta má avaliação da população. Segundo pesquisa Ibope do começo deste mês, 55% consideram a gestão petista na Bahia como regular, ruim ou péssima. Só 6% a consideram ótima e 26%, boa.

    O mesmo levantamento mostra o candidato do governador, Rui Costa (PT), atrás na disputa. Ele tem 24% ante os 46% de Paulo Souto (DEM).

    ESTRATÉGIA DO MEDO

    O governador baiano também criticou outra estratégia da campanha da presidente Dilma Rousseff, a de propagar o "medo" no eleitor sobre um possível governo de Marina.

    Para ele, as pessoas não devem votar por medo, mas "por reconhecer que você pode ser melhor".

    "Eu tenho maior carinho e respeito por ela, por isso acho que não tem que desqualificar. Ela não tem que meter medo a ninguém. As pessoas têm que comparar os projetos das duas", disse.

    Apesar disso, criticou a falta de um projeto de governo consolidado da candidata do PSB: "[Marina] Não conseguiu apresentar um projeto, ela apresenta conceitos. Por isso, vou votar na Dilma".

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