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    Dilma defende Mais Médicos e diz que cidades recusaram cubanos

    JOSÉ MARQUES
    DE SÃO PAULO

    28/09/2014 19h54

    A presidente Dilma Rousseff (PT) defendeu neste domingo (28) o modelo de distribuição de profissionais do programa Mais Médicos nos municípios e disse que, em alguns casos, prefeitos de cidades que necessitavam de médicos recusaram a ajuda de cubanos no atendimento básico.

    Ela citou nominalmente a capital do Piauí, Teresina, com 840 mil habitantes, longas filas em postos de saúde por falta de médicos e sem profissional do programa federal.

    "O [prefeito] de Teresina só aceitava médico que fosse brasileiro formado no Brasil. Isso significou que médicos brasileiros formados no Brasil nós não tínhamos, não queriam ir para Teresina. Porque no caso dos brasileiros, eles podiam optar para onde ir. E, portanto, ele não foi atendido porque não queria médicos cubanos", afirmou, em entrevista a jornalistas no centro de São Paulo, completando que "outros casos" como esse ocorreram, mas "são poucos".

    A Folha revelou neste domingo que a estratégia do governo Dilma de distribuir ao menos um profissional do Mais Médicos a todas as prefeituras que fizeram essa solicitação manteve no sufoco municípios onde a carência está acima da média nacional.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O programa, lançado em 2013 e uma das principais bandeiras da campanha à reeleição da presidente, está espalhado por 3.780 municípios, com 14 mil médicos, sendo 79% deles cubanos.

    De acordo com a presidente, os critérios de escolha para a distribuição foram feitos de forma pública, publicados na internet e divulgados à imprensa. Ela diz que foram obedecidas as determinações de atender, primeiro, aos 20% da população em situação de extrema pobreza e às grandes capitais.

    Depois, foram distribuídos profissionais para os 100 municípios de menor renda per capita, de IDH (índice de desenvolvimento humano) baixos, com populações indígenas e quilombolas, e regiões de baixa renda –como o semiárido nordestino e no norte de Minas Gerais e o Médio Alto Uruguai, no Rio Grande do Sul.

    "Mas a União não tem o poder de impor médicos aos municípios. O município também tem de querer", afirmou.

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