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    Dilma diz que não terá programa de governo em 'calhamaço de papel'

    JOSÉ MARQUES
    DE SÃO PAULO

    28/09/2014 22h00

    Questionada por não ter apresentado programa de governo para uma eventual segunda gestão, a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou neste domingo (28) que suas propostas já foram divulgadas pela campanha eleitoral e que ela não vai "inventar" um "calhamaço de papel" para publicá-las.

    A presidente disse que tem como "alicerce" para um novo mandado seu atual governo, as diretrizes enviadas à Justiça Eleitoral e as promessas feitas antes da eleição.

    "[O programa] É isso que eu estou apresentando. Você conhece a modernidade? A modernidade é o seguinte: não é um calhamaço feito de papel. A modernidade são várias formas de comunicação. A mim, interessa comunicar com o povo brasileiro, que é quem vai votar nessa eleição e quem decidirá que caminho quer percorrer", afirmou, em entrevista a jornalistas no centro de São Paulo.

    Entre os três principais candidatos ao Palácio do Planalto, a pessebista Marina Silva foi a única a apresentar, até o momento, um programa. Embora tenha prometido, o tucano Aécio Neves não definiu uma data para divulgar o documento.

    As chamadas "diretrizes" são um esboço do programa publicado em julho pela presidente. No dia 18, a Folha revelou que Dilma mandou suspender a divulgação de seu programa de governo após impasse com alas do PT que defendem propostas contrárias à posição do Palácio do Planalto.

    O texto propunha, entre outros pontos, avançar na negociação para a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário (que reduz o valor de aposentadorias precoces), a regulamentação da terceirização e a revisão da Lei da Anistia.

    Coordenadores também admitem que a experiência de Marina redobrou a preocupação no comitê petista.

    O programa, com mais de 200 páginas, gerou repercussões e a candidata teve que recuar em algumas propostas.

    O próprio PT vivenciou episódio parecido quando substituiu, em 2010, texto do programa de governo de Dilma que citava bandeiras importantes para a esquerda, como a democratização dos meios de comunicação.

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