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    STF registra delação premiada e cita envolvimento de 'várias autoridades'

    ANDRÉIA SADI
    DE BRASÍLIA

    30/09/2014 20h01

    Relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, o ministro Teori Zavascki homologou o acordo de delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

    O ex-diretor deve ser solto nesta quarta-feira (1º) e cumprirá prisão domiciliar no Rio, conforme antecipou a Folha.

    ''Homologo o termo de acordo de delação premiada [...] a fim de que produza seus jurídicos e legais efeitos perante qualquer juízo ou tribunal nacional", diz a decisão de Teori, datada de 29 de setembro e encaminhada à Justiça do Paraná.

    A homologação foi pedida pelo Ministério Público Federal. Segundo o MPF, foi possível ''identificar um conjunto de pessoas físicas e jurídicas envolvidas em operações ilícitas'' na investigação envolvendo irregularidades na Petrobras.

    "Dos documentos juntados com o pedido é possível constatar que, efetivamente, há elementos indicativos, a partir dos termos do depoimento, de possível envolvimento de várias autoridades detentoras de prerrogativa de foro perante tribunais superiores, inclusive parlamentares, o que atrai a competência do STF", diz documento assinado por Teori.

    Deflagrada em 17 de março pela PF, a Operação Lava Jato desmontou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

    Os suspeitos, segundo a operação, eram responsáveis pela movimentação financeira e pela lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em diferentes crimes.

    A DELAÇÃO

    Paulo Roberto decidiu no fim de agosto revelar detalhes sobre subornos na Petrobras em troca de uma pena menor.

    Ele citou, segundo a revista "Veja", os nomes de 12 parlamentares que recebiam propina do esquema, entre os quais o do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-SP), e do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

    Todos negam com veemência que tivessem recebido recursos do doleiro.

    Editoria de Arte/Folhapress

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