Após a crise da água e o cartel de trens que atuou em licitações de gestões do PSDB em São Paulo terem dominado o último debate da corrida ao governo paulista, o candidato do PT, Alexandre Padilha, lançou nesta quarta-feira (1°) o "desafio da torneira" ao governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Líder das pesquisas de intenção de votos e com chance de vitória no primeiro turno, Alckmin foi cobrado pela crise da água. A crise de abastecimento de água dominou boa parte do debate. A estratégia foi colar a imagem de que o setor foi mal gerido pelo tucano e que houve atrasos de obras.

Padilha disse que o governador tremeu diante dele. E propôs que ele e Alckmin façam um teste em bairros de São Paulo para saber se há ou não falta de água. "Vamos fazer o desafio da torneira. Vamos de noite conferir se tem ou não falta de água nas torneiras de noite. O governador mentiu ontem", afirmou.

CORRUPÇÃO

O petista disse que tem uma vida íntegra e que está disposto a discutir corrupção com o tucano. Na noite desta terça-feira (30), Padilha foi cobrado por adversários sobre as prisões de correligionários pelo esquema do mensalão.

"Estou torcendo para o governador querer discutir corrupção, porque eu vou mostrar os instrumentos que governo federal e que o prefeito Fernando Haddad construiu para combater a corrupção no Estado de São Paulo, e depois de 20 anos o PSDB ainda não construiu esses instrumentos", afirmou após carreata no Grajaú.

"Não tem uma Controladoria que tenha um papel autônomo, conviveu 15 anos com o esquema de corrupção no metrô e no trem, que é o principal responsável pelo metro não ter chegado no Jardim Angela até hoje.
Eu quero e estou com sede, não só de água, do debate", completou.