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    Aos 84 anos, Pedro Simon corre para evitar derrota esmagadora no RS

    FELIPE BACHTOLD
    DE PORTO ALEGRE

    02/10/2014 06h00

    Recrutado para a campanha após a morte do presidenciável Eduardo Campos, o senador peemedebista Pedro Simon, 84, luta para não encerrar sua carreira política com uma derrota por larga margem de votos na disputa pelo Senado no Rio Grande do Sul.

    Ele iniciou a campanha a 40 dias do primeiro turno, em substituição a Beto Albuquerque (PSB), que renunciou para ser o vice de Marina Silva na corrida ao Planalto.

    Todas as pesquisas mostram Simon em um distante terceiro lugar, atrás de Olívio Dutra (PT) e Lasier Martins (PDT).

    Pedro Ladeira -21.out.2013/Folhapress
    Pedro Simon (PMDB), candidato à reeleição a uma cadeira no Senado pelo Rio Grande do Sul
    Pedro Simon (PMDB), candidato à reeleição a uma cadeira no Senado pelo Rio Grande do Sul

    Na curta campanha, enfrentou todo tipo de problema prático: teve semanas a menos de exposição no horário eleitoral, menos tempo para arrecadar recursos e precisou às pressas preparar material publicitário.

    Além disso, tinha recomendação médica de adotar uma agenda mais leve de campanha.

    SANTINHOS NO LIXO

    O filho de Simon, que é candidato a deputado estadual, jogou fora um milhão de santinhos com o nome de Beto Albuquerque. Rádios do interior passaram semanas exibindo programas errados do candidato que renunciou.

    Candidatos do PMDB ainda usam o material de campanha antigo, com o número do PSB para o Senado. "Quem tem pouco dinheiro, rodou o material no início da campanha, não vai recolher. Poucos têm condição de jogar fora", diz o coordenador de campanha do PMDB no Estado, Sebastião Melo, que é vice-prefeito de Porto Alegre.

    Simon diz que esse é o fator que mais vem prejudicando sua candidatura. Ele afirma ainda que não teve tempo de ir a todos os municípios mais expressivos, circuito que os candidatos costumam fazer meses antes do registro das chapas.

    "A campanha foi mais televisão e reuniões regionais", diz.

    O senador está em seu terceiro mandato seguido e havia anunciado a aposentadoria no fim do mandato. Com a morte de Campos, foi convencido a concorrer novamente para fortalecer a candidatura de Marina e o PMDB gaúcho. Adversários questionam a falta de renovação que sua eleição representaria. Até o ex-presidente Lula, em visita ao Estado, ironizou a candidatura.

    Os discursos do veterano peemedebista são pautados pela defesa incondicional de Marina. Em comício com ela, chegou a dizer que uma derrota da candidata será "o caos" no país e que a presidente Dilma Rousseff pode não durar quatro anos no cargo.

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