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    Na propaganda eleitoral, faltaram propostas e sobraram autoelogios

    RAYANNE AZEVEDO
    DE SÃO PAULO

    02/10/2014 02h00

    Faltaram propostas e sobraram autoelogios nos programas eleitorais dos três principais candidatos à Presidência para o primeiro turno, que terá seu último bloco veiculado nesta quinta (2).

    Levantamento realizado pela Folha nos programas eleitorais de Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) exibidos na TV até a terça (30) mostra que, juntos, os três usaram em média 21% de seu tempo para apresentar propostas.

    A maior parte da propaganda (55%) serviu para autopromoção dos presidenciáveis –a campeã neste quesito é Dilma, que dedicou quase 70% do seu tempo à defesa de seu governo, e só 17% às medidas que promete implantar caso seja reeleita.

    Com quase 12 minutos de tempo de TV, a petista priorizou temas que embalaram os protestos de junho de 2013, como educação (12%) e saúde (11%). Mobilidade urbana, porém, não chegou a ocupar 3% do espaço.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Aécio, que tem blocos de 4min35s, também priorizou educação e saúde –foram os temas mais abordados (12% e 10%, respectivamente)–, e foi quem mais prometeu (26%).

    O senador tucano também dedicou parte expressiva de seu tempo à segurança (10%) –a principal proposta divulgada é a redução da maioridade penal para crimes graves, como homicídio.

    Já Marina, que tem apenas 2min03s por programa, foi quem mais criticou os adversários. Ela dedicou um terço de seu tempo para apontar desvantagens em seus rivais.

    Entre os temas abordados, predominaram economia (10%), questões ambientais (9%) e políticas sociais (8%).

    Com 25% das intenções de voto segundo pesquisa Datafolha divulgada na terça, a ex-senadora está em segundo lugar na disputa, mas corre o risco de perder a vaga no segundo turno para Aécio, com 20%. Dilma tem 40%.

    Dentre os três, a petista é quem menos fala na própria propaganda (38%): as estrelas do horário eleitoral são os apresentadores e locutores, que dominam 43% do tempo.

    O levantamento não considerou as inserções –propagandas veiculadas nos intervalos comerciais das emissoras–, nas quais o ataque a rivais tende a se intensificar.

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