O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Dias Toffoli, disse nesta sexta-feira (3) que foram julgados 95% dos 1.766 recursos relativos a pedidos de registro de candidatura que chegaram à corte.

"Nós já votamos mais de 95% de todos os processos. Os TREs votaram todos. De tal forma que as candidaturas estão praticamente todas já decididas. Se houver algum rescaldo, isso é mínimo e ficará para a decisão em outubro", disse.

Entre os recursos, há casos em que o candidato não obteve o registro em seu respectivo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e tenta reverter a situação no TSE, bem como pedidos para barrar aqueles que tiveram êxito na obtenção do registro na Justiça Eleitoral dos Estados.

Se somados os recursos pendentes de julgamento no TSE e nos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) contra decisões que barraram candidaturas, o número chega a cerca de 800. Estes candidatos terão seus nomes nas urnas e poderão receber votos, mas os mesmos não serão computados na hora da apuração.

Um exemplo é o do deputado Paulo Maluf (PP-SP). Ele foi barrado com base na Lei da Ficha Limpa, mas ainda recorre contra a decisão. Seu nome estará na urna e ele receberá votos. Na apuração os sufrágios serão considerados nulos.

A Justiça Eleitoral, no entanto, informará que dos votos nulos um determinado número corresponde à votação de Maluf. Se, após a eleição, ele tiver êxito em seu recurso, seus votos serão considerados válidos. Caso contrário, permanecerão anulados.

ESTRANGEIROS

A declaração de Toffoli foi dada pouco antes de o presidente iniciar uma palestra para representantes de países estrangeiros que vieram ao Brasil acompanhar as eleições e o sistema de votação eletrônica.

Convidados pelo TSE, autoridades eleitorais de 21 países estão em Brasília. Ao todo, são 40 convidados estrangeiros. Alguns acompanharão o pleito em Brasília, outros irão aos Estados.

Os convidados estrangeiros estão ligados a organismos eleitorais dos seguintes países: Angola, Argentina, Armênia, Burkina Faso, Camarões, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, México, Panamá, Paraguai, Peru, Quênia, República Dominicana, Romênia, Rússia e Venezuela.

Também participam da iniciativa os embaixadores desses países no Brasil e representantes da OEA, do Instituto para a Democracia e Assistência Eleitoral (Idea) e do Parlamento do Sul (Parlasul).