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    Aécio evita atacar Marina no penúltimo dia de campanha

    FERNANDA ODILLA
    ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE
    PAULO PEIXOTO
    DE BELO HORIZONTE

    03/10/2014 16h23

    Empatado tecnicamente com a candidata Marina Silva (PSB) na disputa pela vaga no segundo turno, Aécio Neves evitou nesta sexta-feira (3) criticar sua principal adversária. O tucano resistiu também em falar sobre uma possível composição PSDB-PSB na segunda fase das eleições.

    Questionado se concordava com a declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que disse que o "tufão Marina" dá sinais de que vai virar "vento", Aécio desconversou. Também o fez diante de pergunta sobre a necessidade de uma aliança entre as duas legendas no segundo turno.

    "Eu tenho enorme respeito por todas as candidaturas em especial pela de Marina que disputa de forma competitiva a possibilidade democrática de estar no segundo turno. Eu só vou falar de segundo turno na hora em que o resultado for anunciado", disse o tucano durante corpo a corpo numa favela em Belo Horizonte.

    Em seguida, Aécio foi questionado sobre as declarações duras de Marina contra ele, em especial no início da campanha. Mais uma vez ele evitou o embate. "Eu não me lembro dessas declarações".

    O candidato tucano foi lembrado que, em maio, Marina declarou que o PSDB de Aécio tinha "cheiro de derrota". "Vamos manter o alto nível do debate", emendou.

    Apesar de aparecer numericamente à frente do tucano, Marina está tecnicamente empatada com Aécio por conta da margem de erro, conforme a última pesquisa Datafolha.

    Diante do crescimento de Dilma Rousseff (PT) em Minas, Aécio intensificou a agenda no Estado e nesta sexta faz campanha em quatro favelas de Belo Horizonte.

    DENÚNCIA

    Contra o PT e o governo federal, contudo, sobraram críticas. Aécio disse ser "uma marca do governo do PT" obras com sobrepreço e atrasadas.

    Ele retomou também a polêmica sobre o uso dos Correios em benefício da campanha de Dilma

    Afirmou que cartas encaminhadas pela Força Sindical a aposentados de Minas Gerais não foram entregues em sua totalidade, como ocorreu, segundo ele, com correspondências do PSDB, em caso em que já pediu apuração à Justiça.

    O tucano também afirmou que Dilma precisa explicar porque a campanha petista pagou aos Correios para postar material de campanha em 28 de agosto e ainda não declarou as despesas à Justiça Eleitoral. Os gastos não aparecem na prestação parcial de contas.

    A campanha de Dilma, por meio da assessoria, afirma que vai declarar na prestação final de contas, como prevê a legislação.

    Aécio discorda. Afirma que o montante já deveria ter sido declarado na segunda parcial, em setembro.

    FUNK TUCANO

    Ao som do funk do Aécio, uma das músicas da campanha, o presidenciável foi recepcionado no aglomerado da Serra pela sua militância, a maioria contratada, e por integrantes de uma escola de samba. Ele percorreu uma rua comercial da favela.

    Quando esteve na última segunda-feira (29) no mesmo aglomerado, a presidente deu apenas uma volta em uma praça do local sobre uma camionete, sem entrar na favela. Dilma, porém, discursou –por apenas 2min40.

    Aécio não discursou no aglomerado da Serra e não discursou também no Morro do Papagaio, outro aglomerado na zona sul de BH que visitou antes. Da mesma forma, ele apenas caminhou por uma via comercial do aglomerado.

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