• Poder

    Wednesday, 26-Jun-2024 05:49:47 -03
    [an error occurred while processing this directive]

    Alckmin evita comentar compra de software do Detecta

    GUSTAVO URIBE
    DE SÃO PAULO

    04/10/2014 14h01

    O governador de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), evitou comentar neste sábado (4) a atuação do coronel aposentado da Polícia Militar Alfredo Deak Jr. na compra pelo governo paulista do software do Detecta, principal bandeira eleitoral da campanha tucana na área da segurança pública.

    Na época na ativa, o coronel intermediou a compra do sistema da Microsoft por um valor de R$ 9,7 milhões aos cofres público, informa reportagem da Folha deste sábado (4). Com o negócio fechado, ele se aposentou e assumiu o posto de chefe da divisão de segurança da empresa multinacional para as Américas.

    "O secretário de segurança pública já falou sobre isso", respondeu o tucano ao ser questionado duas vezes sobre o tema.

    O tucano realizou neste sábado (3), véspera do primeiro turno da eleição, corpo com eleitores em São Miguel e São Mateus, bairros da zona leste da capital paulista e redutos eleitorais petistas.

    Nas caminhadas, ouviu elogios, mas também manifestações de apoio ao PT. " Eu voto 13, voto 13, governador", gritou uma eleitora, em referência ao número petista. "Na minha casa todo mundo é 13", disse outro.

    O tucano recebeu avaliações positivas sobre a oferta de ensino técnico e construção de linhas de metrô na capital paulista.

    Ao comentar protesto inusitado, do qual foi alvo na sexta-feira (3), o governador disse ser favorável a todo tipo de manifestação.

    Em caminhada no Largo Treze de Maio, na zona sul da capital paulista, estudantes de um cursinho pré-vestibular tiraram foto com o tucano com um cartaz que questionada a falta de água em São Paulo. "Os estudantes são muito queridos", disse o governador.

    OUTRO LADO

    O secretário da Segurança, Fernando Grella, disse por meio de sua assessoria que não vê conflito de interesse no fato de o coronel Alfredo Deak Jr. ter trabalhado para a Microsoft quando ainda estava na ativa, porque ele estava de licença da corporação.

    Hoje na reserva e diretor da Microsoft, o coronel Deak disse que "não há irregularidade". "Estava na ativa, mas afastado. Não sei se de licença. Pergunte à PM", disse.

    Sobre suspeitas de irregularidades em licitações na época em que chefiou o setor de tecnologia da PM, Deak afirmou desconhecê-las.

    A assessoria da Microsoft informou que o projeto do Detecta, no Brasil, é implantado pela equipe comandada por Deak, "profissional que conhece a realidade local e tem grande experiência em Tecnologia da Informação aplicada para segurança".

    Responsável pela compra do Detecta, o secretário de Planejamento, Julio Semeghini, disse que a participação de Deak na escolha do software foi "zero". "Nunca na minha vida eu tomei um café com o Deak fora daqui, nunca conversei com ele, nunca o vi fora daqui", disse.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024