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    Eunício (PMDB) e Camilo (PT) seguem empatados no Ceará, diz Datafolha

    ANDRÉ UZÊDA
    DE FORTALEZA

    04/10/2014 18h00

    Os dois principais candidatos ao governo do Ceará, Eunício Oliveira (PMDB), 62, e Camilo Santana (PT), 46, chegaram à véspera da eleição em empate técnico, aponta pesquisa Datafolha feita em parceria com o jornal "O Povo".

    Segundo o levantamento, realizado sexta (3) e sábado (4), Eunício tem 49% dos votos válidos, ante 45% de Camilo. Nessa simulação, com margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, a pesquisa exclui brancos, nulos e eleitores indecisos.

    Para vencer no primeiro turno, o candidato deve ter 50% dos votos válidos, mais um voto.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Num eventual segundo turno entre eles, mais uma vez a disputa seria acirrada. Se fosse hoje, o candidato do PMDB teria 53%, contra 47% do petista, que conta com o apoio do atual governador, Cid Gomes, e de seu irmão, Ciro, ambos do recém-criado Pros.

    Nesse levantamento, o Datafolha mediu o conhecimento dos eleitores sobre o número de seus candidatos. No caso de Eunício, 64% acertaram. No caso de Camilo, os acertos foram de 71%.

    Na corrida pela única vaga ao Senado pelo Ceará, a ampla vantagem é do tucano Tasso Jereissati, com 72% dos votos válidos. Em segundo lugar está Mauro Filho (Pros), candidato na chapa de Camilo, com 26%.

    O Datafolha ouviu 1.719 eleitores, em 51 municípios do Estado. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com os números CE-00029/2014 e BR-01037/2014.

    CAMPANHA

    O senador Eunício saiu na frente, mas perdeu terreno ao longo da campanha. Apoiado sobretudo na imagem da presidente Dilma, Camilo cresceu 19 pontos nas últimas cinco pesquisas, enquanto Eunício permaneceu na faixa dos 40%.

    Na campanha, o petista gastou até agora quase o dobro do adversário (R$ 11,3 milhões ante R$ 6,3 milhões) e tem o maior tempo de TV, além do apoio de cerca de 120 prefeitos, num total de 184 municípios do Estado.
    A presidente, contudo, não pediu votos nem gravou vídeos para Eunício e Camilo.

    Ao cumprir agenda em Fortaleza, pediu que ambos não participassem de suas atividades, para se manter neutra entre candidatos de siglas aliadas no plano federal.

    "Não existe nenhuma mágoa", afirmou Cid sobre a opção de Dilma. Licenciado desde segunda (29) do cargo, ele entrou de cabeça na campanha, dirigindo jipe com o candidato e "adesivando" carros.

    Enquanto isso, Ciro assumiu os ataques mais duros ao rival, acusando o ex-aliado Eunício de "ladrão" por ter elevado o patrimônio pessoal de R$ 36 milhões para R$ 99 milhões em quatro anos.
    O peemedebista disse que processará o ex-ministro.

    Camilo foi secretário de Desenvolvimento Agrário de Cid no primeiro mandato, de 2007 a 2010. No segundo mandato passou a ocupar a secretaria das Cidades até ser indicado por Cid, na última hora, para a disputa.

    ROMPIMENTO

    Eunício apoiou o governo dos Gomes até março. Depois que Cid se recusou a apoiá-lo como candidato da situação, resgatou o ex-governador Tasso Jereissati (PSDB) para ser seu cabo eleitoral.

    Tasso se afastou da política após a derrota para o Senado em 2010, mas topou disputar o cargo este ano. A entrada do tucano, desafeto dos irmãos Gomes, gerou constrangimentos para Eunício na largada da candidatura.

    Mesmo tendo apoiado a gestão Cid durante quase todo o mandato, Eunício não poupou críticas ao governo em temas como segurança, saúde e combate à seca.

    Também atacou gastos em obras polêmicas, como a de um aquário na capital.

    Na reta final, os candidatos subiram o tom na propaganda. Eunício comparou o rival a Paulo Maluf (PP-SP), dizendo que ambos já tiveram bens bloqueados pela Justiça, e Camilo pôs em dúvida a evolução do patrimônio do rival.

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