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    Tarso lidera no RS; Sartori e Ana Amélia lutam pelo 2º turno, diz Datafolha

    FELIPE BACHTOLD
    DE PORTO ALEGRE

    04/10/2014 18h00

    Três candidatos ao governo do Rio Grande do Sul chegam ao dia da eleição, neste domingo (5), com chance de seguir para o segundo turno.

    Segundo pesquisa Datafolha feita sexta (3) e sábado (4), o governador Tarso Genro (PT) lidera, com 36% dos votos válidos, seguido pela senadora Ana Amélia (PP) e pelo ex-prefeito de Caxias do Sul José Ivo Sartori (PMDB), ambos com 29%.

    Para ser eleito na primeira fase da votação, o candidato precisa ter 50% dos votos válidos, mais um voto.

    O levantamento, feito em parceria com o grupo RBS e com margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, confirma a tendência de alta do peemedebista e de queda da candidata do PP.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Desde meados de setembro, a então favorita despencou de 46% para os atuais 29%. Por outro lado, o ex-prefeito do PMDB saltou de 16% em meados de setembro para os 29% de agora.

    O Datafolha também simulou disputas de segundo turno. Sartori e Tarso estariam empatados (50% cada um), se a eleição fosse hoje. Já num confronto com Ana Amélia, o governador petista aparece numericamente à frente (51% a 49%). Num terceiro possível confronto, Sartori venceria a senadora do PP (55% a 45%).

    POLARIZAÇÃO

    O crescimento do candidato do PMDB se deu na esteira do acirramento das discussões entre Tarso e Ana Amélia, que polarizaram a maior parte da campanha.

    No último mês, Tarso, candidato à reeleição e que vinha em segundo lugar, adotou uma estratégia de intensificar ataques contra a adversária. Um dos principais trunfos da campanha do PT foi a revelação de que ela era funcionária comissionada no Senado, no gabinete do marido, ao mesmo tempo em que trabalhava como jornalista em Brasília nos anos 80.

    Ana Amélia revidou os ataques na TV, com críticas aos serviços públicos do Estado.

    Com um estilo discreto, Sartori, 66, se apresentou como um político simples do interior. Mostrou obras de seus mandatos e atacou pouco os adversários, mas criticou a falta de experiência administrativa de Ana Amélia.

    Com a maior coligação de partidos, se beneficiou de um amplo tempo de TV, inferior apenas ao do governador.

    Tarso, 67, ex-presidente nacional do PT e um dos principais ministros nos governos de Lula (2003-2010), tenta quebrar um tabu da política gaúcha: desde a ditadura militar, nunca um partido conseguiu permanecer no poder por dois mandatos seguidos.

    Para romper essa marca, vinculou fortemente sua candidatura ao governo de Dilma Rousseff, que começou a carreira política no Estado.

    Tarso chegou ao ponto de apresentar projetos federais em seu horário eleitoral como se fossem de sua gestão.

    Contra sua administração, pesa a situação das finanças do Estado, proporcionalmente o mais endividado do país. O petista promete obter no Congresso ainda este ano um novo indexador da dívida.

    A situação das contas públicas foi um dos principais alvos de ataques de Ana Amélia. A senadora prometeu rever o volume de gastos e reequilibrar as finanças. Sua campanha adotou como mote a mudança e a esperança.

    Ex-comentarista e ex-radialista do grupo RBS, Ana Amélia, 69, entrou na política em 2010, quando venceu a eleição para o Senado. O antigo vínculo com a rede de comunicação, que retransmite a TV Globo no Estado, serviu de munição aos petistas.

    Lula apareceu no espaço de Tarso na TV afirmando que pessoas que "passaram a vida inteira só perguntando" não dão certo no Executivo.

    Na campanha, a senadora virou a maior aposta do presidenciável tucano Aécio Neves para avançar no eleitorado do Rio Grande do Sul. A candidata, porém, pouco mostrou o aliado no horário eleitoral. Sartori é apoiado por Marina Silva (PSB), mas o candidato também usou em sua propaganda na TV declarações antigas de apoio a ele de Dilma e de Aécio Neves.

    SENADO

    Na disputa pela única vaga do Estado, a disputa segue acirrada e indefinida.

    Olívio Dutra (PT), ex-governador do Estado, e Lasier Martins (PDT), ex-apresentador de TV do grupo RBS, estão em empate técnico, com o petista numericamente à frente nos votos válidos (39% a 38%).

    Pedro Simon (PMDB), que assumiu o lugar de Beto Albuquerque (PSB), que deixou a disputa para ser o vice de Marina na corrida presidencial, marcou 16% e segue em terceiro lugar nessa disputa.

    O Datafolha ouviu 1.886 eleitores, em 54 municípios do Estado. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com os números RS-00026/2014 e BR-01037/2014.

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