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    Alexandre Padilha: Segundo turno garante escolha sem arrependimento

    ALEXANDRE PADILHA

    04/10/2014 17h59

    Somos 32 milhões de paulistas decidindo neste domingo (5) se estamos satisfeitos com a campanha estadual. Se recebemos todas as informações para fazer um bom juízo e votar com segurança num candidato. Ou então, se queremos mais discussão e um debate mais franco e esclarecedor. Nesse caso, nosso sistema eleitoral oferece a chance de um segundo turno.

    Nas próximas horas, vamos exercer o mais relevante e basilar direito da democracia, o de escolher bem os nossos governantes. E para isso usamos o voto, o maior elemento de mudança que existe numa democracia. Antes que cada um digite um número na urna eletrônica, proponho uma reflexão essencial para que a gente meça corretamente o valor do nosso voto.

    Aquilo que sonhamos para o nosso Estado de São Paulo, vai ser bem atendido com esse voto? O número que vai ser digitado na urna atende nossos anseios de uma sociedade mais justa? Os graves problemas do ensino público e da saúde no nosso estado vão ser enfrentados pela escolha que estamos fazendo? A insegurança vai ser reduzida com os compromissos assumidos pelo candidato da sua escolha?

    Você pode ter duas respostas. Se ela for "sim", vá adiante com a sua escolha. Confie nas informações que recebeu durante a campanha, acredite que elas são um compromisso a ser cobrado do escolhido e digite o número do seu favorito.

    Foi para isso, para que haja discussão e cobrança, que nossa chapa foi a única a elaborar um amplo programa de governo e torná-lo público no nosso site. Se outros não o fizeram, avalie se vale a pena passar um cheque em branco a esses candidatos.

    Mas pode ser que sua resposta seja "não". Que você não se sinta suficientemente informado. Ou que você não tenha certeza de que a sua escolha produzirá as mudanças que você deseja. Nesse caso, você pode fazer uma opção pelo segundo turno.

    Percorri todas as regiões de São Paulo e ouvi as queixas das pessoas esquecidas do nosso Estado. São Paulo precisa de um projeto que concilie sua riqueza de valores, de conhecimentos, de tecnologia, com a redução da desigualdade social, com a incorporação de novos talentos.

    Defendemos um projeto que garanta o desenvolvimento para todos. É por isso que nossa candidatura representa o verdadeiro debate para o segundo turno. Ela permite comparar diferenças, forçar o debate de novas políticas públicas, gerar mudanças e consolidar uma sociedade mais justa.

    Existe um movimento político claro e concreto para que não haja segundo turno no nosso Estado. O medo das mudanças reais que acontecerão em São Paulo e no país com a vitória de um governo do PT aqui explica tanta resistência. A verdade é que nosso governo vai combater a brutal desigualdade social que existe no estado mais rico do Brasil, e esse fato assusta muita gente.

    O segundo turno aprofunda os compromissos. Os candidatos são mais cobrados, as propostas são consolidadas –ou destruídas no embate de ideias. O segundo turno ajuda a melhorar os candidatos e os partidos. Porque estamos nessa disputa para atender às expectativas do povo, para encontrar soluções para os problemas do nosso Estado. E ao submeter essas ideias ao debate, depuramos o que há de melhor.

    Se você olhar com cuidado, verá que nossa democracia amadureceu a um ponto em que os grandes problemas do dia a dia das pessoas são de responsabilidade do Estado. Aqui em São Paulo, o governo estadual é o responsável pelo ensino médio e por grande parte do ensino superior. É dele a maior parte dos cuidados com a saúde: médicos especialistas, exames e cirurgias têm tudo a ver com a política do governo estadual. Segurança pública é estadual. Metrô e trem dependem de empresas estatais do Estado de São Paulo. Falta de água é uma questão estadual.

    Avançar no debate com um segundo turno entre os dois candidatos mais preparados, com os partidos mais organizados, é garantir a melhor escolha –e menos arrependimento no futuro.

    ALEXANDRE PADILHA, 43, ex-ministro da Saúde (governo Dilma Rousseff), é candidato ao governo do Estado de São Paulo pela coligação "Para Mudar de Verdade" (PT/PCdoB/PR)

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