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    Amazonas terá eleição com decisão inédita no segundo turno

    LUCAS REIS
    ENVIADO ESPECIAL AO PARÁ

    05/10/2014 20h04

    Pela primeira vez, a eleição para o governo do Amazonas será decidida no segundo turno. Com 99% das seções apuradas, o atual governador, José Melo (Pros), 68, e o senador Eduardo Braga (PMDB), 53, estavam empatados com 43% dos votos.

    Líder de Dilma Rousseff no Senado, Braga liderou todas as pesquisas durante a campanha, mas viu escapar sua chance de ser eleito no primeiro turno.

    Melo, apoiado pelo prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), realizou uma campanha de recuperação, após iniciar a disputa com 24% das intenções de voto.

    Alan Marques/José Varella/Folhapress
    Atual governador José Melo (Pros) enfrenta o senador Eduardo Braga (PMDB) no segundo turno das eleições do Amazonas
    Atual governador José Melo (Pros) enfrenta o senador Eduardo Braga (PMDB) no segundo turno

    Marcelo Ramos (PSB) obteve 12% dos votos e a terceira colocação.

    Na sexta-feira (3), o Ibope divulgou pesquisa que apontava provável vitória de Braga no primeiro turno. O levantamento mostrava o peemedebista com 46% das intenções de voto, contra 32% de Melo. Levando em conta os votos válidos, Braga aparecia com 51%, contra 39% do atual governador.

    Em todas as pesquisas anteriores, o Ibope sempre mostrou larga vantagem de Braga na disputa.

    Braga promoveu sua campanha com base em suas administrações anteriores –foi governador do Amazonas entre 2003 e 2010–, elencando obras e projetos lançados por ele, como o Prosamim (Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus), cujo objetivo é tirar famílias de áreas de risco em igarapés.

    Usou a recente renovação da Zona Franca de Manaus por mais 50 anos como uma de suas principais bandeiras.

    Prometeu a criação de polos econômicos, melhorias na rede de saneamento básico, alavancar o turismo e reformar a intransponível BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, único acesso da capital do Amazonas ao sul do país.

    Nascido em Belém e formado em engenharia, Braga iniciou a carreira política aos 21 anos como vereador de Manaus. Foi prefeito, deputado estadual e federal antes de eleger-se governador.

    Na reta final da disputa, disparou contra Melo, alvo de acusação de uso da Polícia Militar para campanha. A segurança pública, com o programa Ronda no Bairro, era uma das principais bandeiras da campanha de Melo.

    Mas Melo, que já foi secretário de Braga, se viu em meio a uma crise na segurança pública, com fugas de presidiários e assaltos à luz do dia.

    O atual governador herdou a cadeira de Omar Aziz (PSD), de quem era vice, e que deixou o cargo para disputar uma cadeira no Senado —e foi eleito com 58,51% dos votos válidos.

    Nesta eleição, Melo não declarou apoio presidencial. Havia costurado parceria com Dilma Rousseff (PT), mas irritou-se quando o PT contrariou acordo e lançou seu próprio candidato ao Senado.

    Nascido em Ipixuna (AM) e formado em economia, Melo foi professor, ocupou cargos na Prefeitura de Manaus e no governo do Estado e elegeu-se deputado estadual e federal.

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