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    Dilma ataca PSDB e diz que Brasil não quer volta dos 'fantasmas do passado'

    ANDRÉIA SADI
    NATUZA NERY
    DE BRASILIA

    05/10/2014 22h37

    A presidente Dilma Rousseff agradeceu neste domingo (5), durante pronunciamento após o resultado do primeiro turno, os votos obtidos e afirmou que os brasileiros não querem a volta dos "fantasmas do passado".

    A candidata do PT vai disputar o segundo turno com Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência. Com 99,82% dos votos apurados, Dilma tinha 41,58% dos votos válidos, contra 33,57% do tucano e 21,31% de Marina Silva (PSB).

    " O povo brasileiro vai dizer no dia 26 que não quer os fantasmas do passado de volta. Como a recessão, o arrocho e o desemprego. E que nós teremos de novo uma disputa com o PSDB".

    Dilma atacou o partido do adversário, ao dizer que o PSDB governo para apenas "um terço da população".

    "Abandonado os que mais precisam. O povo brasileiro não quer de volta o que podemos chamar de fantasmas do passado, aqueles que quebraram esse país três vezes".

    AGRADECIMENTOS

    Em suas considerações inicias, Dilma fez gesto a Michel Temer, vice-presidente da República e principal liderança do PMDB. "Ele se transformou em um incansável militante, defendendo nosso projeto e nossas propostas."

    Ela agradeceu ao PT, aos partidos aliados e ao ex-presidente Lula. "Sem o presidente Lula, eu não teria chegado aonde cheguei. Não teria conseguido realizar meu sonho de ajudar a fazer um Brasil melhor."

    ESTRATÉGIA

    No primeiro turno, a presidente centrou suas críticas na candidatura de Marina Silva (PSB) e deixou de lado Aécio. A estratégia foi traçada com base em pesquisas que mostravam um segundo turno entre as ex-colegas de ministério.

    Como Aécio reverteu o quadro, ultrapassou Marina e enfrentará o PT no segundo turno, a campanha de Dilma já prepara nova tática. A ideia é explorar o discurso do "nós contra eles", comparando as gestões de Lula e Fernando Henrique Cardoso.

    Neste domingo, Dilma incorporou a nova estratégia e fez um restaste histórico dos ataques do PT ao PSDB. Dilma repetiu diversas vezes durante seu discurso de quase 20 minutos o bordão de que "o povo brasileiro não quer de volta os "fantasmas do passado".

    Ela não economizou nas críticas ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao dizer que o PSDB quebrou o país três vezes, promoveu "desemprego passivo" e "jamais propuseram quando puderam políticas de inclusão social e de redução da desigualdade".

    A petista disse que o PSDB virou as costas para o povo e acabou com as escolas técnicas.

    Em um dos mais duros momentos de seu discurso, ela lembrou polêmica envolvendo FHC quando presidente e os aposentados. "O povo brasileiro não quer de volta os que chamavam os aposentados –com o perdão da palavra– de vagabundos e que agora dizem ter formas mágicas para a previdência", afirmou.

    Ela acusou ainda a legenda adversária de ter defendido uma inserção internacional que se "ajoelhava" ao FMI, de querer privatizar a Petrobras e de ter permitido o racionamento de energia. O tema será explorado nesta segunda fase da campanha eleitoral pelo comitê de Dilma.

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