Depois de eleger o petista Rui Costa como seu sucessor, o governador da Bahia Jaques Wagner (PT) disse que sempre acreditou na eleição do aliado e que a vitória foi resultado "de muito trabalho".

"As pessoas perguntam se eu sou mágico. Eu não sou mágico, eu trabalho muito. E o trabalho venceu contra a palavra fácil, contra a mentira e contra a leviandade", disse o governador em entrevista no Palácio de Ondina, sede do governo baiano.

Com 99% das urnas apuradas, Rui Costa –que é deputado federal e foi chefe da Casa Civil no governo Wagner– obteve 54% dos votos válidos.

Após liderar as pesquisas durante toda a campanha, Paulo Souto teve 37% dos votos. A senadora Lídice da Mata (PSB) ficou para atrás, com 6%.

Wagner contestou as pesquisas e disse que a oposição tentou "se enganar ou enganar os outros" ao afirmar que venceria a eleição no primeiro turno.

À Folha o governador destacou o feito de Rui Costa ter vencido as eleições em Salvador e Feira de Santana, as duas maiores cidades da Bahia e que são governadas pelo DEM.

E provocou o prefeito ACM Neto (DEM), principal cabo eleitoral de Souto nas eleições.

"Essa é para o rapaz [ACM Neto] parar e pensar um pouquinho. Ele ainda não é o que ele acha que ele é", afirmou.

O governador eleito Rui Costa agradeceu a confiança dos baianos e prometeu fazer um governo "ainda melhor" que o de Jaques Wagner.

"Quero trabalhar duro e firme para continuar o processo de inclusão social que começamos a fazer na Bahia", disse Rui Costa.

A vitória de Costa teve ingredientes semelhantes aos da disputa de 2006, quando o atual governador, Jaques Wagner (PT), também venceu Souto no primeiro turno, após ter ficado atrás nas pesquisas durante toda a campanha.

	João Pedro Pitombo/Folhapress
	Rui Costa chega a colégio para votar em Salvador, na manhã deste domingo (5)

EMPENHO POR DILMA

Em clima de comemoração pela vitória, Jaques Wagner e Rui Costa prometeram empenho para reeleger a presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno.

Com 99% das urnas apuradas, a presidente teve mais de 60% dos votos válidos na Bahia.

Para Wagner, a polarização com Aécio Neves era esperada. Mas disse acreditar que, "na comparação de projetos", a presidente tem mais chances de sai vencedora nas urnas.

"Não quero nem entrar no mérito dele [Aécio] ter perdido em Minas Gerais, o que foi bem significativo", disse o governador.