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    Skaf enfrentará resistência do PMDB para disputar a prefeitura em 2016

    ALEXANDRE ARAGÃO
    DE SÃO PAULO

    06/10/2014 02h00

    Segundo colocado na disputa pelo governo paulista, derrotado pelo governador reeleito Geraldo Alckmin (PSDB), Paulo Skaf (PMDB) dificilmente terá espaço em seu partido para concorrer a outro cargo em 2016. A principal possibilidade aventada era a prefeitura da capital.

    Depois de ter deixado o partido de lado durante praticamente toda a sua campanha, Skaf sai da disputa enfraquecido internamente.

    Caso queira disputar até mesmo o Palácio dos Bandeirantes pelo PMDB novamente, em 2018, deverá fazer as pazes com boa parte da sigla.

    Oficialmente, ambos os lados refutam que haja desentendimento. "Por hoje é agradecer", disse Skaf, questionado sobre o futuro político. "Vamos deixar a poeira assentar, amanhã é outro dia."

    O auge do embate foi o encontro estadual do partido, em Jales (585 km da capital), quando Skaf dividiu palanque com a presidente Dilma Rousseff (PT) –ele passou toda a campanha recusando-se a declarar o voto na petista.

    Apesar de ter discursado ao lado de Dilma, Skaf logo foi embora, o que desagradou seu principal fiador, Michel Temer, vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB. Segundo interlocutores, foi a partir de então que o partido desembarcou de vez da campanha.

    "Em Jales, o Michel se sentiu atacado", diz um prefeito peemedebista de uma cidade paulista de médio porte. "O Skaf ignorou os prefeitos [do PMDB] e ignorou o Michel."

    CHALITA

    Em 2016, na disputa pela Prefeitura de São Paulo, a tendência é que a sigla defenda a candidatura do deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), que não concorreu neste ano.

    Caso escolha esperar até 2018 para tentar o Bandeirantes de novo, Skaf terá que lidar com o racha do PMDB no interior, onde boa parte dos prefeitos da sigla apoiou neste ano o adversário tucano.

    Em ambos os casos, o candidato deverá repensar a estrutura de sua campanha.

    Neste ano, reclamações de aliados eram recorrentes sobre como a organização de comando foi dedicada mais à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) –da qual Skaf é presidente licenciado– que ao PMDB.

    O partido chegou a indicar pessoas para fazer o meio de campo entre campanha e sigla. Mas, segundo um peemedebista do interior paulista, a tentativa naufragou por falta de interesse de Skaf.

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