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    PSDB cresce em Estados importantes, mas perde votos em outros 16

    MARCELO SOARES
    PAULO MUZZOLON
    AURÉLIO ARAÚJO
    DE SÃO PAULO

    06/10/2014 02h19

    O PSDB conseguiu, no primeiro turno das eleições deste ano, mais votos do que havia tido no primeiro turno de 2010 em dez Estados brasileiros, além do Distrito Federal.

    A quantidade de votos cresceu, por exemplo, em todos os Estados do Sul, além dos três maiores colégios eleitorais do país: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

    Rio Grande do Sul é o quinto maior colégio eleitoral do país, atrás apenas da Bahia, além dos três grandes do Sudeste.

    Por outro lado, o partido perdeu votos em todos os outros 16 Estados.

    O candidato tucano à Presidência, Aécio Neves, ficou em segundo lugar na disputa eleitoral, com 33,55% dos votos, e vai disputar o segundo turno com Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição e obteve 41,59% dos votos, considerando o levantamento com 99,99% das urnas apuradas.

    Marina Silva (PSB), com 21,32%, ficou de fora do páreo. Mas ela foi a mais votada em Pernambuco, onde conseguiu 17 pontos percentuais a mais que o PT obteve em 2010, e no Acre, onde ficou 22 pontos acima do que o PSDB havia tido no pleito anterior.

    Pernambuco é a terra de Eduardo Campos, morto no início da campanha eleitoral. Marina era seu vice e assumiu a cabeça da chapa logo após a morte dele.

    E não foi só em Pernambuco que o PSDB não emplacou. A votação do partido caiu em todos os Estados da região.

    PT

    O PT também conseguiu avançar em 11 unidades da Federação –7 delas, no Nordeste. E assim como seu rival, também viu sua votação cair em outros 16.

    O Rio Grande do Norte foi o Estado onde Dilma mais ganhou votos. Foram 8 pontos percentuais a mais em relação a 2010. A votação do PT entre os potiguares é crescente desde 1994, a eleição que inaugurou a polarização entre PT e PSDB.

    Em 2010, o partido teve 51,8% dos votos. Nesta eleição chegou a 60,04%. Em 2006, o PT teve 60,2% dos votos para presidente, no ano que reelegeu o presidente Lula.

    O Estado é um dos sete em que Dilma terminou o primeiro turno à frente em todas as cidades. Outros três ficam no Nordeste (Ceará, Maranhão, Piauí e Sergipe) e dois, na região Norte.

    Curiosamente, Dilma venceu Aécio em todos as cidades de Amapá e Amazonas, Estados em que o PSDB avançou nesta eleição.

    Editoria de Arte/Folhapress

    DISTRITO FEDERAL

    Já o PSDB teve seu maior crescimento, de 12 pontos percentuais, no Distrito Federal.

    Lá, Aécio Neves teve 36% dos votos –quase a mesma proporção que Fernando Henrique Cardoso teve no primeiro turno de 1994 em Brasília.

    Naquele ano, porém, Lula foi o mais votado na capital do país. Neste ano, Dilma obteve 23% dos votos lá.

    Em nenhum Estado PT e PSDB cresceram ao mesmo tempo. Mas eles viram suas votações minguarem juntas em nada menos que seis deles.

    Além de Pernambuco, que viu o avanço de Marina Silva, os dois partidos perderam eleitores na Bahia e no Maranhão, no Nordeste; no Espírito Santo (Sudeste); e em Mato Grosso do Sul e Tocantis, no Centro-Oeste.

    ESTADOS VERMELHOS

    Considerando os Estados em que Dilma teve vitória em todos os municípios, a candidata do PT angariou 68,3% dos votos válidos, contra 14,9% de Aécio.

    No Maranhão, Dilma obteve 69,5% dos votos válidos, contra 17% de Marina. Aécio apareceu apenas em terceiro, com 11,6%.

    Cenário semelhante se deu no Piauí, onde Dilma alcançou 70,6% dos votos válidos, Marina 14% e Aécio 13,8%.

    Entre os votos válidos do Rio Grande do Norte, a candidata do PT ficou com 68,3%, contra 14,9% do tucano.

    Em Sergipe, o candidato do PSDB também conseguiu o segundo lugar. Teve 22,6% dos votos válidos, com Dilma chegando a 54,9%.

    No Amapá, Dilma atingiu 51,1% dos votos válidos, com Aécio em segundo, com 25,4%.

    Já no Amazonas, o tucano voltou a ficar em terceiro lugar. Teve 19,4% dos votos válidos, superado por Marina (21,5%) e Dilma (54,5%).

    Com 99% das urnas apuradas em todo o Brasil, Dilma e Aécio obtiveram respectivamente 41,5% e 33,5% dos votos válidos. Eles disputarão a Presidência no segundo turno.

    A nova votação acontece em 26 de outubro.

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