• Poder

    Saturday, 27-Apr-2024 15:21:00 -03
    [an error occurred while processing this directive]

    No Rio, Crivella obtém apoio de Garotinho e Lindbergh

    ITALO NOGUEIRA
    DO RIO

    07/10/2014 02h00

    O senador Marcelo Crivella (PRB) vai receber o apoio do deputado federal Anthony Garotinho (PR) e do senador Lindbergh Farias (PT), principais candidatos ao governo do Rio de Janeiro derrotados no primeiro turno.

    Essas alianças ajudarão a dar mais estrutura à campanha contra o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), mas devem abrir flancos para ataques do peemedebista.

    O PMDB do Rio vai usar a tática da "desconstrução" contra Crivella, seguindo o exemplo da campanha do PT contra Marina Silva (PSB) na disputa presidencial. Peemedebistas pretendem explorar as contradições no arco de alianças que o candidato do PRB vem articulando.

    Daniel Marenco/Folhapress
    Candidato ao governo do Rio, o senador Marcelo Crivella (PRB) participa de sabatina promovida pela Folha, UOL e SBT
    Candidato ao governo do Rio, o senador Marcelo Crivella (PRB) participa de sabatina promovida pela Folha, UOL e SBT

    No segundo turno, porém, os dois candidatos terão o mesmo tempo no horário eleitoral gratuito.

    Crivella vai a Campos nesta terça-feira (7) para finalizar a aliança com Garotinho, a quem superou por 42 mil votos. O PT do Rio e o senador Lindbergh vão anunciar o apoio nesta quarta-feira (8). O PSOL ainda discute eventual apoio, mas já declarou que não se aliará a Pezão.

    Durante o primeiro turno, Crivella apresentou-se como um político "ficha limpa" –por não responder a processos– externo às estruturas partidárias. A aliança com Garotinho, rejeitado por quase metade do eleitorado, é o primeiro componente da tática de desconstrução.

    A intenção de coordenadores de campanha de Pezão é aumentar a rejeição a Crivella. Bispo licenciado da Igreja Universal, ele tinha em eleições anteriores mais de 30% de rejeição. Essa taxa era de apenas 15% às vésperas do primeiro turno desta disputa.

    "Durante o primeiro turno, o Crivella não era o centro do debate. Agora vamos lembrar que ele é o herdeiro do bispo [Edir] Macedo e tudo o que ele representa", disse o deputado eleito Jorge Picciani (PMDB), presidente regional da sigla e um dos coordenadores da campanha de Pezão no segundo turno.

    Páginas em redes sociais já apontam outras contradições. Lembram a declaração do senador de não aceitar doação de empreiteiras, embora tenha recebido contribuições delas em eleições anteriores.

    A campanha de Pezão ainda discute como a estratégia seria incluída na TV. Há resistência de parte do grupo em usá-la no programa do horário eleitoral, por destoar do tom adotado no primeiro turno. Pezão explorou a imagem de homem simples, realizador de obras.

    "Eu ia aos debates e todos me batiam. Já vai ser extraordinário ir só com um me batendo. Se for atacado vou responder como respondi [no primeiro turno]", disse o governador.

    O peemedebista afirmou que espera obter o apoio de deputados eleitos e prefeitos do PT e do PR, à revelia das direções regionais. Ele afirmou que espera que os petistas liberem seus filiados para que o apoiem.

    "Dos 11 prefeitos do PT, devo ter o apoio de 10. Acho difícil ter o apoio do PT inteiro. Mas quero também ter o apoio. Quero que pelo menos que as pessoas que queiram me apoiar possam me apoiar", disse Pezão.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024