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    Empresário e colaborador do PT em MG são detidos com dinheiro suspeito

    ANDRÉIA SADI
    NATUZA NERY
    FERNANDA ODILLA
    DE BRASÍLIA

    08/10/2014 13h05

    Um empresário ligado ao PT e um colaborador da campanha do partido em Minas Gerais foram levados até a Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre dinheiro suspeito encontrado em um avião, um bimotor turboélice de prefixo PR-PEG, que chegou em Brasília na noite de terça-feira (7).

    O empresário é Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené. Em 2010, ele esteve no centro do escândalo no qual foi descoberto um bunker para produção de dossiês contra tucanos, montado pela pré-campanha de Dilma Rousseff à Presidência.

    Em depoimento à Polícia Federal, Bené confirmou ter sido o responsável por negociar o aluguel da casa, no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. Uma de suas empresas, a Dialog, havia recebido na época cerca de R$ 200 milhões de contratos do governo federal.

    Folhapress
    O empresário Bené sobe no avião em direção a Brasília na tarde de terça (7), em foto obtida pela Folha
    O empresário Bené sobe no avião em direção a Brasília na tarde de terça (7), em foto obtida pela Folha

    O caso gerou uma crise no PT, que afastou os envolvidos.

    Outro detido no aeroporto é Marcier Trombiere Moreira, ex-assessor do Ministério das Cidades -dominado pelo PP, partido aliado de Dilma.

    Ele trabalhou na campanha de Fernando Pimentel, eleito governador de Minas pelo PT no domingo (5).

    Oficialmente, a Polícia Federal afirma ter apreendido pelo menos R$ 116 mil com o grupo que viajou ontem (7/10) de Belo Horizonte (MG) para a capital federal.

    Além de Bené e Marcier, outras três pessoas foram levadas à polícia na noite de terça-feira para prestar esclarecimentos: piloto, copiloto e um terceiro passageiro, que a PF não informou o nome.

    Todos foram liberados ainda na noite de terça. A PF abriu um inquérito para investigar a suspeita de lavagem de dinheiro.

    Carregar dinheiro em moeda nacional dentro do país, independentemente do valor, não é crime, mas o portador precisa saber explicar e comprovar a origem dele.

    OUTRO LADO

    A coligação do novo governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), divulgou nota nesta quarta-feira (8) dizendo que "não pode se responsabilizar pela conduta de fornecedores".

    Por meio de nota, a assessoria de Pimentel confirmou que dois dos homens detidos colaboraram com a campanha dele em Minas. Marcier Trombiere "prestou serviço de comunicação" e a Gráfica Brasil Editora e Marketing, de Benedito Rodrigues Oliveira Neto, o Bené, "prestou serviços gráficos".

    A Folha não localizou nem Bené nem Moreira para comentar o caso.

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