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    Coligação de Pimentel diz que não pode ser responsabilizada por dinheiro em avião

    FERNANDA ODILLA
    DE BRASÍLIA

    08/10/2014 15h50

    A coligação do novo governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), divulgou nota nesta quarta-feira (8) dizendo que "não pode se responsabilizar pela conduta de fornecedores".

    Dois deles foram detidos pela Polícia Federal com dinheiro suspeito na noite desta terça-feira (7). A PF afirma ter apreendido R$ 116 mil com três homens em Brasília, que chegaram à capital federal num bimotor turboélice de prefixo PR-PEG vindo de Belo Horizonte.

    Por meio de nota, a assessoria de Pimentel confirmou que dois dos três homens detidos colaboraram com a campanha dele em Minas. Marcier Trombiere "prestou serviço de comunicação" e a Gráfica Brasil Editora e Marketing, de Benedito Rodrigues Oliveira Neto, o Bené, "prestou serviços gráficos".

    Ambos foram detidos pela PF, que abriu inquérito para apurar a origem do dinheiro. Uma terceira pessoa também foi detida com dinheiro. Todos foram liberados à noite, após prestar depoimento.

    Pimentel, contudo, tenta se desvincular dos dois homens agora investigados pela polícia. "A campanha foi encerrada no último domingo, data limite para a permanência de qualquer prestador de serviços na campanha. Pela natureza do serviço prestado pela empresa, a relação com a gráfica já se encerrara", afirmou.

    Folhapress
    O empresário Bené sobe no avião em direção a Brasília na tarde de terça (7), em foto obtida pela Folha
    O empresário Bené sobe no avião em direção a Brasília na tarde de terça (7), em foto obtida pela Folha

    Os gastos com esses fornecedores ainda não foram repassados à Justiça Eleitoral. "As notas fiscais foram emitidas e as despesas serão declaradas na prestação de contas final da campanha", diz a nota.

    Carregar dinheiro em moeda nacional dentro do país, independentemente do valor, não é crime, mas o portador precisa saber explicar e comprovar a origem dele.

    A Folha não localizou nem Bené nem Moreira para comentar o caso.

    Bené é ligado ao PT e, em 2010, ele esteve no centro do escândalo no qual foi descoberto um bunker para produção de dossiês contra tucanos, montado pela pré-campanha de Dilma Rousseff à Presidência.

    Moreira é ex-assessor do Ministério das Cidades, comandado pelo PP –legenda da base aliada de Dilma.

    *

    Leia a íntegra da nota, assinada pela coligação encabeçada por Fernando Pimentel:

    Nota à imprensa

    A propósito da detenção de um colaborador da campanha da coligação Minas pra Você ao governo de Minas Gerais é necessário esclarecer:

    O senhor Marcier Trombiere prestou serviços de comunicação.

    A Gráfica Brasil Editora e Marketing prestou serviços gráficos. As notas fiscais foram emitidas e as despesas serão declaradas na prestação de contas final da campanha.

    A Coligação Minas Pra Você não pode se responsabilizar pela conduta de fornecedores.

    A campanha foi encerrada no último domingo, data limite para a permanência de qualquer prestador de serviços na campanha. Pela natureza do serviço prestado pela empresa, a relação com a gráfica já se encerrara.

    Assessoria de imprensa
    Coligação Minas pra Você

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