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    Dilma diz que PSDB cria 'oposição ridícula' entre regiões do país

    JOÃO PEDRO PITOMBO
    DE SALVADOR

    09/10/2014 10h15

    Em entrevista a rádios da Bahia nesta quinta-feira (9), a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) acusou os adversários de criarem uma "oposição ridícula" entre o Sudeste e o Nordeste.

    "É uma visão preconceituosa e elitista. [Estão] dizendo que meus votos são os dos ignorantes e dos letrados são os deles. Eles não andam no meio do povo, não dão importância ao povo. Querem desqualificar, destilar um ódio mal resolvido", afirmou.

    A presidente associou o PSDB do adversário Aécio Neves ao "conservadorismo" e disse que o povo "tem que lutar pelas conquistas dos últimos 12 anos".

    E mirou nos eleitores que ascenderam socialmente, afirmando que "criou" a classe média que cresceu nos últimos anos no país.

    "Temos de foco nos mais pobres. Mas também fizemos política para classe média ascendente que nós mesmos criamos", afirmou.

    Na segunda-feira (6), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse em entrevista ao UOL (empresa do Grupo Folha, que edita a Folha) que o PT cresceu no país com o voto dos menos informados. "O PT está fincado nos menos informados, que coincide de ser os mais pobres. Não é porque são pobres que apoiam o PT, é porque são menos informados", afirmou.

    A presidente afirmou que está "tranquila" em relação ao segundo turno, minimizando o apoio de outros partidos, como o PSB, a Aécio: "Ninguém é dono do voto das pessoas".

    Destacou o alcance de programas sociais como o Pronatec, criticando a política de escolas técnicas no governo FHC (1995-2002).

    "No governo do meu candidato adversário, eles proibiram o governo federal de construir escolas técnicas. Com isso, eles só construíram 11 escolas em todo o período de governo deles. No meu período eu fiz 208 escolas técnicas e 214 no período Lula", comparou.

    SALÁRIO MÍNIMO

    Após a entrevista, em discurso a prefeitos, Dilma voltou a falar sobre o suposto preconceito dos adversários contra o Nordeste. "Somos um povo vocacionado a ter menos preconceito, a ser mais flexível. Por isso é muito grave quando dizem 'votaram nesse projeto [do PT] porque as pessoas são desinformadas'. Isso é conversa velha. Me orgulha muito esse voto daqui do Nordeste", disse.

    A presidente também criticou o economista Armínio Fraga, presidente do Banco Central no segundo mandato de FHC e virtual ministro da Fazenda de Aécio.

    "Uma coisa grave é que eles implicam com o salário mínimo. Esse senhor [...] não gosta do salário mínimo. Eles acham que o salário mínimo é recessivo. Isso é um escândalo", afirmou Dilma no discurso.

    À tarde, Armínio criticou a declaração de Dilma. "Trata-se de um absurdo, que repilo com veemência. Ela está mal informada ou distorce os fatos", disse ele, em nota.

    'BANHO DE FOLHAS'

    Após o encontro com prefeitos, a presidente Dilma visitou o túmulo da beata Irmã Dulce. Na sequência, seguiu para a Basílica do Bonfim acompanhada do governador Jaques Wagner (PT) e do governador eleito da Bahia, Rui Costa (PT).

    Contrariando o dito popular da Bahia de que "quem tem fé vai a pé", a presidente subiu na carroceria de um carro a ladeira que dá acesso à basílica, onde recebeu uma bênção do padre Edson Menezes.

    Do lado de fora da igreja, centenas de militantes petistas misturavam-se a militantes pagos que empunhavam bandeiras do PT.

    Contratada pela campanha do PT na Bahia desde o primeiro turno, Eliene Silva segurava uma bandeira com o nome e número de Dilma.

    Após a passagem por Salvador, Dilma teve compromissos em Aracaju e em Maceió.

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