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    Memorial da Anistia continua sem data definitiva para inauguração

    FERNANDA ODILLA
    DE BRASÍLIA

    11/10/2014 02h00

    Com orçamento previsto de R$ 25,6 milhões, o Memorial da Anistia, em Belo Horizonte (MG), já deveria ter sido inaugurado. Mas quem passa pelo local que vai guardar memórias da ditadura militar (1964-85) vê só um conjunto de andaimes amparando um casarão histórico maltratado pela ação do tempo –a edificação, do início do século 20, é chamada de "Coleginho".

    Fruto de parceria entre o Ministério da Justiça e a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), firmada em 2009, o memorial foi idealizado para abrigar arquivos da história da ditadura segundo o ponto de vista dos perseguidos políticos. Segue, porém, sem data para começar a funcionar em sua plenitude, de acordo com a UFMG. Inicialmente, ficaria pronto em 2010; depois, foi remarcado para outubro de 2013 e junho de 2014. Agora, o prazo para concluir parte da construção é dezembro de 2015.

    A placa na porta do prédio continua exibindo junho deste ano como data para o término da construção.

    Fernanda Odilla/Folhapress
    Memorial da Anistia - Obra estimada inicialmente em R$ 15 mi, o Memorial da Anistia já deveria ter sido inaugurado diversas vezes, mas não passa de um conjunto de andaimes suportando uma casa histórica em BH
    Memorial da Anistia - Obra estimada inicialmente em R$ 15 mi, o Memorial da Anistia já deveria ter sido inaugurado diversas vezes, mas não passa de um conjunto de andaimes suportando uma casa em BH

    O Ministério da Justiça diz que já repassou R$ 13 milhões para a UFMG, a responsável pela execução do projeto.

    A universidade firmou um termo de cooperação com a Secretaria Nacional de Justiça no valor de R$ 25,6 milhões –incluindo a previsão de R$ 15,9 milhões para obras de reforma do prédio histórico e de novas edificações do complexo do memorial, além de recursos para o desenvolvimento de pesquisas e de uma exposição interativa de longo prazo.

    Tanto a UFMG quanto o Ministério da Justiça atribuem o atraso a "questões técnicas". "A UFMG relatou dois motivos principais: o atraso na licitação dos projetos executivos e das obras (já superado) e a questão técnica da necessidade de reforço estrutural do prédio histórico, que teve que passar pelo aval do Patrimônio Histórico de Belo Horizonte", informou o ministério via assessoria.

    Já a UFMG alega que o atraso na obra "se deve a um conjunto de razões", destacando a necessidade de rever o projeto de reforma do casarão.

    A universidade admite que o valor orçado para o projeto pode aumentar.

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