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    Ao apoiar Aécio, Marina afirma que faz sim nova política

    LÍGIA MESQUITA
    DE SÃO PAULO

    12/10/2014 14h24

    Uma semana depois de ter dado indicações de que apoiaria Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da eleição presidencial, a ex-senadora Marina Silva (PSB) finalmente declarou apoio ao tucano.

    No discurso em que manifestou seu apoio neste domingo (12), em São Paulo, ela comparou uma possível vitória do tucano com a obtida por Lula em 2002.

    E também equiparou o documento com compromissos que o candidato divulgou no Recife à "Carta ao Povo Brasileiro", em que o petista garantia que -se eleito- faria mudanças no país sem promover rupturas na economia.

    "Aécio retoma o fio da meada virtuoso e corretamente manifesta-se na forma de um compromisso forte, a exemplo de Lula em 2002, que assumiu compromissos com a manutenção do Plano Real, abrindo diálogo com os setores produtivos", declarou a candidata derrotada do PSB à Presidência, ao lado de seu vice na chapa, Beto Albuquerque.

    Ao ler um texto explicando sua decisão, tendo no palco a companhia do marido, Fábio Lima, da filha Shalon e de aliados, Marina afirmou que a alternância de poder fará bem ao país e listou o que considera positivo nos compromissos assumidos pelo tucano. "O que precisa ser reafirmado é o caminho dos avanços sociais, mas com gestão competente do Estado e com estabilidade econômica", disse.

    A equipe do programa de TV de Aécio gravou as falas, já utilizadas no horário eleitoral deste domingo.

    CAMPANHA

    Marina disse que a maneira como se dará sua participação na reta final da campanha de Aécio Neves ainda não foi discutida.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Em junho, quando foi confirmada a aliança do PSB com o PSDB para o governo de São Paulo, ela havia dito que seu grupo político, a Rede, não subiria "em hipótese alguma" no palanque tucano.

    A ex-senadora afirmou que sua decisão é "inteiramente coerente" com a renovação da política que defende.

    No primeiro turno, a então candidata criticava a polarização entre PSDB e PT e falava em "nova política".

    "O que nós estamos fazendo é inaugurar, sim, a nova política. Todos estavam imaginando que seria apenas o apoio como sempre é feito. Mas foi feito com base em um programa."

    JOVENS INFRATORES

    Na semana que antecedeu à declaração de voto de Marina, integrantes da Rede haviam pedido ao PSDB que voltasse atrás em uma das bandeiras de Aécio -o aumento do tempo de detenção para maiores de 16 anos que cometerem crimes graves. Em sua carta de compromissos, o tucano não cedeu à solicitação.

    Para Marina, a divergência nessa questão não foi obstáculo para o acordo selado. "Obviamente, quando se faz alianças, se faz com diferentes sem prejuízo de continuar defendendo nossas propostas", explicou.

    CRISE COM AMARAL

    Beto Albuquerque aproveitou o pronunciamento de Marina para criticar a decisão do presidente interino do PSB, Roberto Amaral, de apoiar Dilma Rousseff. "Lamentamos a postura dele. Ele deveria assumir a decisão que foi majoritária do PSB", disse. "A rebeldia do Amaral não muda nossa convicção e nem mudará nossa decisão."

    Nesta segunda (13), o PSB se reúne em Brasília para escolher seu novo presidente.

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