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    Vice do BB se dedica à campanha de Dilma e tenta 'ponte' com agronegócio

    ESTELITA HASS CARAZZAI
    DE CURITIBA

    15/10/2014 16h17

    O ex-senador do Paraná e atual vice-presidente do Banco do Brasil para Agronegócios, Osmar Dias (PDT), se licenciou do cargo para fazer campanha para a presidente Dilma Rousseff (PT).

    Sua função é recuperar o terreno da petista entre produtores rurais, com foco na região Sul –Dilma perdeu para Aécio Neves (PSDB) no Paraná e em Santa Catarina no primeiro turno.

    Os dois Estados, aliás, deram a maior votação proporcional ao tucano no país (49% e 52%, respectivamente).

    Márcia Ribeiro/Folhapress
    O vice-presidente do Banco do Brasil Osmar Dias, que vai se dedicar à campanha de Dilma
    O vice-presidente do Banco do Brasil Osmar Dias, que vai se dedicar à campanha de Dilma

    "O produtor sempre teve um pé atrás em relação ao PT. Isso precisa ser desmistificado", disse Dias à Folha. "Eu tenho os números", repetiu várias vezes, argumentando que houve muitos avanços no setor.

    Alguns dos líderes rurais do país declararam apoio ao tucano nestas eleições. Para agradar, Aécio se autointitulou "o candidato do agronegócio" e assumiu algumas bandeiras do setor, como segurança jurídica e apoio ao etanol.

    Outros assumiram a preferência por Dilma, como o "rei da soja" Eraí Maggi (maior produtor individual de soja do país) e a presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária), a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO).

    NA ESTRADA

    Dias deixou o Banco do Brasil, em licença não remunerada, na última sexta-feira (10). Desde então, tem se encontrado com produtores e representantes do setor no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para "combater o estigma" contra Dilma.

    "As pessoas ainda ficam falando sobre insegurança jurídica, mas as invasões reduziram muito", disse.

    Para ele, há "um pouco de resistência" de ruralistas em relação ao PT. "É muito mais um problema do partido do que da candidata. Mas ninguém nega que houve um apoio muito forte ao setor por parte do governo."

    Ele cita como exemplo a ampliação do crédito rural, que no Banco do Brasil passou de R$ 75 bilhões para R$ 160 bilhões desde 2011. Também fala do apoio à agricultura de baixo carbono, do investimento em armazéns, do ambiente de preços e dos financiamentos para equipamentos e tecnologia.

    "É importante a gente lembrar como era antes. Falta uma disposição de comparação", argumentou.

    A licença de Dias do Banco do Brasil deve durar até o final do segundo turno. Depois disso, ele volta à instituição.

    O pedetista disse ainda não saber se disputará cargo eletivo em 2018. Ele foi candidato ao governo do Paraná, em aliança com o PT, em 2010.

    Neste ano, aliados defendiam sua candidatura ao Senado pelo Paraná na chapa de Gleisi Hoffmann (PT), que disputou o governo. Ele, porém, preferiu se ausentar das eleições para não enfrentar o irmão, o senador Alvaro Dias (PSDB). Alvaro foi reeleito com 77% dos votos.

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