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    Apesar do mal-estar, saúde de Dilma está 'ótima'; exames de Aécio estão normais

    CLÁUDIA COLLUCCI
    DE SÃO PAULO

    18/10/2014 02h00

    O mal-estar sentido pela presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) após o debate promovido por UOL/Jovem Pan/SBT na quinta-feira (16) despertou preocupação sobre como anda a saúde dos presidenciáveis nesta reta final da campanha.

    Segundo o cardiologista Roberto Kalil, médico de Dilma, a candidata teve uma ligeira queda de pressão causada por hipogligemia. "Ela quase não comeu durante o dia e não se hidratou direito. Também estava quente."

    Kalil diz que telefonou para Dilma à noite, no hotel, e perguntou se ela queria sua presença lá. "Ela disse que não, que estava ótima. Iria jantar e dormir", conta.

    Segundo pessoas próximas à presidente, por conta dos compromissos de campanha, ela deixou de fazer atividade física, às vezes não se alimenta direito e também ganhou alguns quilos a mais.

    A Folha tenta há duas semanas obter, por meio das assessorias das campanhas de Dilma e de Aécio Neves (PSDB), informações sobre a saúde de ambos e os últimos exames realizados, mas não obteve resposta aos pedidos.

    Dilma fez seu último check-up em março deste ano, no Hospital Sírio-Libanês. Segundo Kalil, todos os exames (laboratoriais e de imagem) deram normais. "A saúde dela está ótima", afirma.

    Dilma revelou ter câncer no sistema linfático em abril de 2009. Então ministra da Casa Civil, fez quimioterapia e radioterapia. No final daquele ano, os médicos anunciaram que ela estava "livre de qualquer evidência de linfoma".

    Em abril deste ano, a presidente teve diverticulite, uma inflamação intestinal que pode ser desencadeada por fatores como estresse, má alimentação e sedentarismo. Dilma usou antibióticos, mas manteve a agenda de trabalho. Em 2007, apresentou o mesmo quadro e ficou internada três dias no Sírio.

    Em 2010, a Folha teve acesso a exames que mostraram que a presidente tem divertículos colônicos (hérnias da mucosa na parede intestinal), o que a predispõe a sofrer episódios de diverticulite.

    Durante a campanha, Dilma também apresentou episódios de rouquidão, sinal das constantes dores de garganta que sofre. Ela também tem crises recorrentes de sinusite. Na campanha de 2010, chegou a ser medicada com cortisona para aliviar a irritação nas cordas vocais.

    AÉCIO

    A preocupação com a voz também atingiu Aécio Neves, antes do início oficial da campanha. Ele se consultou com uma fonoaudióloga, mas nunca mais voltou.

    O último check-up de Aécio foi feito em novembro do ano passado, também no Sírio-Libanês, com Roberto Kalil. Os exames deram normais, segundo o médico.

    Procurado para falar sobre a saúde de Aécio, Kalil disse que não tinha autorização do candidato para fazê-lo.

    Oficialmente, o único problema de saúde mais sério o candidato nos últimos anos foi um acidente em junho de 2011. Em razão de uma queda de cavalo, fraturou cinco costelas e a clavícula direita.

    O neurocirurgião Paulo Niemayer, amigo pessoal de Aécio há 30 anos e seu médico "conselheiro", diz que o tucano está "muito bem".

    "Ele se alimenta bem, não é nenhum glutão, faz atividade física regularmente. Só agora, durante a campanha, não está conseguindo", diz.

    Segundo ele, Aécio nunca teve doença mais séria. "Ele me liga quando tem uma gripe pra perguntar o que deve tomar. Sempre teve muita saúde", conta o médico.

    Neste ano, o candidato passou por procedimentos estéticos. Fez preenchimentos faciais e uma blefaroplastia (cirurgia para retirada das bolsas dos olhos).

    Questionado sobre tema levantado pela presidente Dilma no debate desta quinta, quando insinuou que Aécio havia dirigido sob efeito de álcool ou drogas, Niemayer afirma que "nunca soube de nada". "Desconheço".

    A presidente se referia a episódio de abril de 2011, quando o candidato se recusou a fazer o teste do bafômetro e apresentou uma carteira de habilitação vencida em uma blitz da lei seca, no Rio.

    Em entrevista ao jornalista do UOL e da Folha Fernando Rodrigues, Aécio negou o consumo de cocaína, mas admitiu que já ter experimentado maconha aos 18 anos.

    Em relação ao uso de bebidas alcoólicas, Niemayer diz que Aécio "bebe socialmente como todo mundo".

    Editoria de arte/Folhapress
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