O gerente de Engenharia de Manutenção da CPTM Henry Munhoz negou ter cometido irregularidades em suas atividades na estatal.

"Na próxima semana, prestarei todos os esclarecimentos na Comissão de Sindicância instaurada na CPTM e comprovarei que não cometi qualquer irregularidade", afirmou Munhoz em breve nota enviada à Folha.

A secretaria estadual dos Transportes Metropolitanos, à qual a CPTM e o Metrô estão ligados, informou que "a CPTM abriu sindicância e afastou o empregado até a conclusão das investigações assim que tomou conhecimento do fato".

A CPTM "procederá da mesma forma em todos os casos em que houver dúvida ou suspeita de atuação irregular de empregados. Para tanto, aguarda o compartilhamento das informações por parte dos órgãos que investigam o caso", segundo nota enviada pela estatal de trens.

De acordo com a manifestação da CPTM, "a troca de e-mails ocorreu após a licitação e a contratação da empresa MPE para a substituição dos braços-suporte da timoneria da frota C do Metrô".

"O pregão eletrônico ocorreu em 28 de junho de 2010 e a contratação da empresa em 29 de agosto de 2010, período no qual o empregado da CPTM não tinha nenhum poder de decisão ou ordenamento de gastos", completou.

A reportagem esteve no prédio da Temoinsa em São Paulo após tentar, sem sucesso, falar com a direção e o advogado da empresa por telefone e e-mail. No local, uma funcionária disse que ninguém iria atender ao pedido de contato da Folha.

Procurada por meio de sua assessoria de imprensa, a MPE não se manifestou até o fechamento desta edição.