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    Falas de candidatos em debate dialogam com a 'segunda tela'

    DE SÃO PAULO

    21/10/2014 02h00

    Quando Dilma Rousseff (PT) instou espectadores do debate da Band a acessar o site do TCE (Tribunal de Contas Estadual) de Minas Gerais, a presidente explicitou o jogo com a "segunda tela" –que pode ser a do computador ou a do celular–, usada para interagir sobre o que está passando ao vivo.

    O objetivo é ganhar a guerra pelo "sentimento" majoritário na internet, variável que cresceu em importância nesta campanha, uma vez que os 100 milhões de brasileiros on-line são quase o dobro da população conectada em 2010.

    É por isso que as candidaturas usam técnicas para minerar dados –garimpar temas, tendências e problemas– 24 horas por dia. Especialistas creem que o sentimento das redes é capaz de antecipar ondas que só emergiriam em pesquisas depois.

    O cientista político Felipe Nunes, da Universidade da Califórnia, é um deles. Pesquisador da empresa mineira Zaphee, que monitorou redes para a Fifa na Copa, ele observou correlação entre as emoções do "universo enviesado" da web –no qual as classes A e B têm peso maior– com a avaliação do governo em pesquisas de opinião. No entanto, ele diz, "o gráfico das redes é muito mais radical do que o gráfico da avaliação de governo".

    Por mais que tenha público segmentado, a web pode influenciar inclusive pessoas que não têm acesso, diz Raquel Recuero, da Universidade Católica de Pelotas. "Esses comentários vão reverberando e atingem parcelas que não usam internet, como pessoas mais velhas", diz. O exemplo é o neto que lê algo e, depois, fala para o avô.

    FELIPE NUNES é cientista político

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