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    Planalto age para tentar deter greve na PF

    FERNANDA ODILLA
    DE BRASÍLIA

    22/10/2014 02h00

    Com receio dos danos da paralisação de parte do efetivo da Polícia Federal às vésperas do segundo turno das eleições, o governo atuou para tentar suspender a ameaça de greve da categoria.

    A AGU (Advocacia-Geral da União) conseguiu nesta terça-feira (21) uma liminar na Justiça para suspender a greve.

    Antes de serem avisados da liminar, os peritos tinham decidido manter o movimento, previsto para começar nesta quarta (22) e durar 72 horas. "O governo não dialogou conosco. Manteremos o estado de greve", afirmou Carlos Antonio, presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais.

    Os representantes dos agentes, escrivães e papiloscopistas colocaram em votação nesta terça o cancelamento da paralisação. A suspensão da greve foi aprovada por 19 votos a 6, e 2 abstenções.

    Policiais federais de Estados como São Paulo também suspenderam temporariamente o movimento. Desde o fim da semana passada, o governo mostra disposição para negociar com parte da categoria na tentativa de evitar a paralisação de três dias.

    A Casa Civil formalizou nesta terça a negociação, pedindo para agentes e escrivães suspenderem a greve em troca da promessa de nova análise da medida provisória pró-delegados que gerou tensão na PF. Também participaram das negociações representantes do Ministério das Relações Institucionais e do Ministério do Planejamento.

    MEDIDA PROVISÓRIA

    Editada pela presidente Dilma Rousseff, o texto da medida prevê novas exigências para a seleção de delegados, como experiência judicial ou policial de três anos. Determina ainda que só delegados em fim de carreira podem ocupar o cargo de diretor-geral da corporação.

    A medida diz ainda que delegados "são responsáveis pela direção das atividades do órgão". Os demais integrantes da corporação acham que essa redação limita os cargos de chefia aos delegados, em detrimento dos demais.

    O Ministério da Justiça divulgou nota se comprometendo a se esforçar para mudar a redação do texto para deixar claro que peritos, agentes e escrivães podem continuar ocupando cargos de direção e chefia.

    Prometeu ainda se empenhar para aprovar outra medida provisória, que garante o reajuste salarial para a categoria e reconhece o nível superior para todos os cargos da carreira da PF.

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