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    Cúpula do PT vê resultado em ataques; Aécio diz ser vítima de 'atentados'

    DANIELA LIMA
    DE SÃO PAULO
    VALDO CRUZ
    ANDRÉIA SADI
    DE BRASÍLIA

    23/10/2014 03h00

    A cúpula petista viu resultados na estratégia de ataques contra Aécio empregados na campanha. O comitê de Dilma avalia que o vento sopra a favor da presidente e que a estratégia final será focar os últimos dias da campanha em três faixas do eleitorado –mulheres, jovens e a nova classe média–, além de seguir explorando a crise da falta de água em São Paulo.

    Com essas armas, os petistas esperam chegar no debate da Globo na sexta (24) em vantagem na disputa para repetir o modelo do último embate, na Record, marcado por tom propositivo.

    Um coordenador da campanha diz que Dilma precisa garantir apenas um empate no último confronto.

    A campanha também quer seguir tentando sangrar Aécio em São Paulo, onde ele tem seu melhor resultado, buscando ligar a crise hídrica no Estado a um problema de gestão tucana.

    Outra arma que o PT avalia que está funcionando na reta final é o envolvimento da militância na disputa. Segundo um coordenador da campanha, a militância estava ausente, mas acordou depois das duas primeiras pesquisas do segundo turno mostrarem Aécio à frente de Dilma.

    Aquelas pesquisas, avaliam os petistas, foram fundamentais para despertar os militantes do PT, o que resultou, segundo eles, nos eventos com grandes públicos de terça-feira (21) em Recife e Petrolina, além do encontro com artistas em São Paulo, na segunda.

    O único temor nestes últimos dias é com o uso de alguma "bala de prata" – uma acusação grave que possa atingir a candidata petista– pelos tucanos até o debate da Globo, que poderia mudar o rumo da eleição.

    O PT acredita, porém, que os temas negativos para petista já foram usados à exaustão, como a corrupção na Petrobras, e nada deve surpreender mais o eleitor a ponto de alterar os rumos da disputa até domingo.

    ATAQUES

    Depois de rebater por dias de forma velada os ataques que vem sofrendo na propaganda oficial do PT e nas redes sociais, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, afirmou nesta quarta (22) em seu horário eleitoral que é vítima de "atentados" à sua honra, família e biografia promovidos pela campanha da presidente Dilma Rousseff.

    A mudança na estratégia ocorre depois de o Datafolha indicar queda de Aécio em diversos setores do eleitorado.

    Na TV, o tucano rebateu acusações de que acabará com os bancos públicos e com programas sociais. Também se defendeu de insinuações sobre sua vida pessoal e das acusações de que é "agressivo" com mulheres.

    O tucano disse ainda que Dilma tenta jogar "na lama" o nome de sua família. "Chegaram a insinuar de forma covarde que eu poderia ser desrespeitoso com as mulheres", afirmou o tucano.

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    Ilustração Jean Galvão/Editoria de Arte/Folhapress

    AS ARMAS DE DILMA

    Em busca da reeleição, petista vai explorar pontos fracos de rival

    • MULHERES

    A campanha da candidata petista aposta num desgaste de Aécio entre o eleitorado feminino. A avaliação é de que o tucano teria pegado pesado ao chamar a adversária de "leviana" no debate do SBT, o que o levou a perder votos no segmento –no qual Dilma, segundo o Datafolha de 21.out, vence por 47% a 41%

    • CRISE DA ÁGUA

    O PT avalia que o tema enfraquece Aécio por reforçar a ideia de "má gestão tucana" em São Paulo, Estado governado pelo PSDB e que vive uma crise hídrica. O assunto será enfatizado nos programas de TV para minar os votos de Aécio no Sudeste

    • JOVENS E NOVA CLASSE MÉDIA

    Dilma continuará a exortar eleitores da nova classe média a compararem suas vidas nas gestões do PSDB e depois dos governos do PT. Para atrair os jovens –segmento no qual, segundo o Datafolha, Aécio lidera com oito pontos de vantagem–, Dilma focará nos investimentos de seu governo em educação, como o Prouni e o Pronatec

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    Ilustração Jean Galvão/Editoria de Arte/Folhapress

    AS ARMAS DE AÉCIO

    Na reta final da campanha, tucano adotará postura propositiva

    • ATAQUES

    Na TV, Aécio dirá que é alvo de uma campanha de baixo nível promovida pelo PT. Ele continuará a detalhar os ataques que tem sofrido, para poder rebater um a um, e exibirá discursos de aliados relatando terem sofrido o mesmo –a neoaliada Marina Silva (PSB), derrotada no primeiro turno, será um de seus trunfos

    • PROPOSTAS

    O tucano apresentará mais propostas. A intenção é demonstrar que, enquanto o PT perde tempo com ataques, Aécio pensa no país. A campanha do senador começou a investir na estratégia no início do segundo turno, com uma série de anúncios com o mote "para cada ataque, uma proposta"

    • INTERNET

    A campanha de Aécio vai ampliar o contra-ataque em redes sociais como Facebook, Twitter e Whatsapp, disseminando vídeos em que o candidato tucano e seus aliados rebatem as acusações do PT

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