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    Candidatos usam só 12% do tempo do horário eleitoral para propostas

    GABRIELA TERENZI
    RAYANNE AZEVEDO
    LETÍCIA MORI
    DE SÃO PAULO

    25/10/2014 02h00

    No horário eleitoral do segundo turno desta eleição presidencial, os ataques se sobrepuseram às propostas e tornaram mais agressiva a campanha na televisão na reta final da disputa.

    Levantamento feito pela Folha com os 30 programas exibidos por cada presidenciável até a tarde desta sexta-feira (24) constatou que apenas 12% do tempo foi utilizado para a apresentação de propostas de governo.

    No primeiro turno, a parte propositiva dos comerciais ocupava 20% do tempo.

    Os ataques, por sua vez, passaram a ocupar um quarto do tempo de horário eleitoral, contra 17% na primeira fase da disputa.

    As críticas cresceram acentuadamente na propaganda petista –passaram a ocupar 27% do tempo, ante 14% no primeiro turno.

    A taxa ficou semelhante à da propaganda tucana, que dedicou 24% dos programas a ataques nos dois turnos. Porém, considerando o tempo total do horário eleitoral, o crescimento foi semelhante, já que Aécio Neves (PSDB) passou a contar com mais que o dobro de tempo no segundo turno.

    Nesta fase, ambos tiveram 10 minutos de propaganda em dois blocos diários na TV.

    Aécio priorizou críticas às áreas econômica e administrativa do governo e levou ao horário eleitoral as denúncias de corrupção na Petrobras.

    Na propaganda petista, a vedete dos ataques foi Armínio Fraga, anunciado titular da Fazenda em um eventual governo tucano.

    Nas últimas semanas, o tom das críticas subiu a ponto de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) adotar parâmetros mais rígidos para analisar as propagandas eleitorais.

    A mudança fez com que mais de vinte peças, entre inserções e trechos do horário eleitoral, de ambas as campanhas fossem barradas desde o dia 16.

    Editoria de Arte/Folhapress

    PROPOSTAS

    Considerando as propostas, o principal tema abordado na campanha de Dilma Rousseff (PT) foi a saúde, em que a presidente exibe o programa Mais Médicos como vitrine.

    Outro tema de destaque foram as políticas à mulher, especialmente aquelas relacionadas à violência doméstica.

    O assunto foi levado ao ar ao mesmo tempo em que, em eventos públicos de campanha, petistas exploravam a postura do candidato tucano com Dilma em debates.

    Segurança e economia foram os destaques dentre as propostas de Aécio exibidas na televisão. Políticas para a região Nordeste, região em que o tucano ficou em terceiro lugar no primeiro turno, também foram exploradas.

    Assim como no primeiro turno, a defesa da candidatura e o autoelogio dominaram o horário eleitoral (63% do tempo). Para essa tarefa, contribuíram aliados políticos e apoiadores dos mais diversos, dentre cantores, atores e esportistas.

    Depois dos próprios candidatos e dos apoiadores, os mais exibidos são apresentadores contratados. Em ambos os casos, os eleitores têm pouco destaque, ocupando cerca de 7% do tempo.

    Editoria de Arte/Folhapress
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