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    No Pará, tucano tenta a reeleição contra filho de Jader Barbalho

    LUCAS REIS
    ENVIADO ESPECIAL A BELÉM (PA)

    25/10/2014 15h20

    Em um cenário indefinido, Simão Jatene (PSDB), 65, e Helder Barbalho (PMDB), 35, personificam a disputa entre os partidos que governaram o Pará por 27 dos últimos 32 anos.

    Pesquisa Ibope divulgada neste sábado (25) aponta empate, com 50% dos votos válidos para cada um. No levantamento anterior, há uma semana, Helder, ex-prefeito de Ananindeua, aparecia com 52%, e Jatene, atual governador e candidato à reeleição, 48%.

    No cenário dos votos válidos, são excluídos brancos, nulos e indecisos.

    Já na simulação com o total de votos, cada candidato obteve 47%, brancos e nulos somaram 4%, e 2% não sabem ou não responderam. A pesquisa foi registrada no TSE com o número BR-01182/2014.

    O equilíbrio marca a campanha no Pará desde o início da disputa. No primeiro turno, Helder venceu Jatene por 1,4 ponto percentual, o equivalente a pouco mais de 50 mil votos –ao todo são 5,1 milhões de eleitores no Estado.

    Jatene tenta conquistar seu terceiro mandato e ampliar ainda mais o domínio tucano no Estado mais populoso do Norte. Em 20 anos, o PSDB governou o Pará por 16 anos, entre Jatene e o ex-governador Almir Gabriel.

    Helder busca reconduzir o poder ao PMDB após 20 anos de hiato. O último governador da sigla foi justamente o pai dele, que comandou o Pará entre 1991 e 1994. Antes, foram 11 anos de supremacia do PMDB desde 1983.

    A disputa também marca a polarização entre o apoio dos presidenciáveis.

    Helder recebeu forte campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff, que estiveram em Belém em atos públicos. Jatene praticamente ignorou Aécio Neves no primeiro turno, mas passou a explorar a imagem do tucano no segundo turno, além de ganhar apoio também de Marina Silva (PSB) –ambos visitaram o Pará na reta final.

    No Pará, Dilma venceu no primeiro turno: 53,51%, contra 27,5% de Aécio.

    ATAQUES

    Acusações, denúncias e o tom belicoso marcaram a disputa no Estado.

    Helder pautou sua campanha desconstruindo o plano de governo de Jatene, elencando promessas não cumpridas pelo atual governador, e enumerando baixos índices sociais, como saneamento básico, violência e educação.

    Também levou denúncias contra os filhos de Jatene por suposto favorecimento da máquina pública ""acusações todas rechaçadas por Jatene.

    O peemedebista trouxe a experiência de ter sido prefeito de Ananindeua (2005-2012) como principal trunfo de seu currículo. Os dois mandatos de Helder, no entanto, também foram explorados por Jatene, que enumerou promessas não cumpridas e obras inacabadas deixadas pelo peemedebista.

    Jatene também contra-atacou ao associar, constantemente, a figura de Helder ao pai: em toda a campanha, o filho, porém, jamais utilizou seu sobrenome. "Quem conhece o Helder não vota em Barbalho" foi um slogan que apareceu repetidamente na campanha de Jatene.

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