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    Paraíba tem disputa apertada entre atual e ex-governador do Estado

    JOÃO PEDRO PITOMBO
    ENVIADO ESPECIAL A JOÃO PESSOA

    25/10/2014 15h33

    Numa das disputas mais acirradas do país, a eleição pelo governo da Paraíba toma a corrida presidencial como espelho.

    O governador Ricardo Coutinho (PSB), que tenta a reeleição, e o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que busca terceiro mandato, ancoraram-se no discurso do alinhamento com o governo federal para prometer grandes obras e projetos sociais.

    Com uma população de quase 4 milhões de habitantes, a PB passou ao largo dos grandes investimentos em infraestrutura que o Nordeste recebeu nos últimos anos.

    Das grandes obras previstas para a região, somente a polêmica obra de transposição do rio São Francisco cruza o território paraibano.

    E é com a promessa de atrair investimentos em infraestrutura e brigar para sediar grandes empresas que Coutinho e Cássio colaram suas campanhas, respectivamente, em Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).

    Cássio tem levado ao horário eleitoral o discurso de que a Paraíba avançaria com o apoio do presidenciável tucano, de quem é amigo pessoal.

    "Bahia, Pernambuco e Ceará cresceram graças à presença do governo federal. E a Paraíba não recebeu investimentos estruturantes, o Brasil deve isso ao nosso Estado", disse à Folha o candidato Cássio Cunha Lima.

    Para se contrapor ao adversário, Coutinho firmou uma aliança com a presidenciável petista, indo de encontro à decisão do PSB de apoiar Aécio Neves.

    Na TV, a campanha de Coutinho ressalta a parceria com Dilma, "que já é forte e vai continuar". Com o apoio do governo federal, promete construir hospitais no interior e implantar novas escolas técnicas no Estado.

    Pesquisa Ibope divulgada neste sábado (25) aponta empate técnico entre os candidatos. Coutinho tem 53% dos votos válidos e Cássio, 47%. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

    CAMPANHA

    O resultado do primeiro turno, no qual Cássio venceu Coutinho por uma diferença mínima –de 47,4% a 46%–, foi a senha para o acirramento da campanha no Estado.

    Os dois eram aliados até o início deste ano, quando o PSDB entregou os cargos no governo estadual para lançar candidatura própria. Com o rompimento, Cássio e Coutinho tiveram que buscar novas alianças.

    O tucano compôs com partidos da base de sustentação de Dilma –como PP. Formou uma aliança de 15 partidos, arrecadou R$ 4,5 milhões para a campanha até setembro.

    Já o pessebista formou uma aliança de 13 partidos, unindo na mesma chapa o DEM e o PT, partido do qual estava politicamente afastado desde 2010. Até setembro, havia arrecadado R$ 6,2 milhões.

    No segundo turno, Coutinho conquistou o apoio do PMDB do senador Vital do Rêgo, derrotado para o governo, e do senador eleito José Maranhão. Ambos fizeram oposição ao governo do PSB nos últimos quatro anos.

    Além da ciranda das alianças partidárias, a campanha da Paraíba também foi marcada pelo acirramento das rivalidades regionais.

    Enquanto Ricardo teve uma boa votação em João Pessoa e cidades da região metropolitana, Cássio se sobressaiu em campina Grande, segundo maior colégio eleitoral do Estado e seu principal reduto político.

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